Em entrevista na manhã de hoje, 31, o governador Ronaldo Caiado voltou a afirmar que Goiás foi o único Estado que fez a tarefa de casa, mas está dependente de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que vence no dia 6 de abril próximo., e que antes desta data, o Estado precisa ser incluído em um plano de recuperação fiscal.
Ele lembrou a última reunião em que participou no Ministério da Economia, com representantes da equipe econômica do governo federal as medidas adotadas pelo Governo do Estado (aprovação da Reforma da Previdência e do novo Estatuto dos Servidores e do Magistério, corte de servidores e revisão de contratos, entre outras) foram elogiadas pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Conforme Ronaldo Caiado, no dia 6 de abril cairá a liminar concedida a Goiás pelo STF que possibilita ao Estado não pagar suas dívidas com o Tesouro Nacional e os bancos oficiais. E até o momento não há sinalização que a medida judicial será renovada.
Nesse caso, se o Governo de Goiás não estiver atendido por um plano de recuperação fiscal, o chamado Plano Mansueto, terá imediatamente o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) suspenso e será obrigado a pagar os débitos não pagos por força da liminar, os quais somam R$ 1,8 bilhão. “Como vamos dar de conta de pagar a folha (dos servidores) e governar o Estado?”, questionou ele.
O programa Fala Goiás em Rede, do qual participou o governador, foi transmitido ao vivo para 24 rádios de cidades do interior, e retransmitido em outros horários para outras 30 emissoras e foi concedida no estúdio-auditório da Agência Brasil Central. O governador respondeu a perguntas formuladas por jornalistas e radialistas da capital e do interior do Estado.
Para Marcos Alexandre, do jornal de Águas Lindas e Programa Imparcial, o governador anunciou que na próxima segunda-feira, 3, estará em Luziânia, onde junto com a secretária de Educação, Fátima Gavioli, vai distribuir uniformes para todos os alunos da rede estadual e inaugurar o Instituto Médico Legal (IML) funcionando da cidade. Também informou que está dando fim ao quarto turno nas escolas do Entorno do Distrito Federal, sistema onde os estudantes não têm a grade (curricular) completa e a alimentação correta. A região do Entorno vai receber ainda quatro novas escolas cívico-militares, adiantou.
O governador fez um balanço das ações de combate à corrupção, pergunta de Gessy Chaves do Jornal Classifique da cidade de Goiás. Segundo ele, todos os contratos do Estado foram revistos, mas a situação ainda requer novas providências na Goinfra. Foram realizadas operações no Ipasgo, no Detran, onde se avançou muito, e ações em outras Secretarias, como a de Economia, Educação, Saúde e Meio Ambiente, e na Saneago.
Caiado estimou que as operações de combate à corrupção devem extrapolar em muito a estimativa de recuperação para os cofres estaduais, de R$ 250 milhões feita anteriormente. O governador disse ainda que são mais de 26 processos de investigação na Polícia Civil a serem remetidos à Justiça que traram de casos de corrupção.
Adriana Martins, da TV Gazeta de Caldas Novas e do jornal Gazeta do Estado, perguntou ao governador quais eram as perspectivas para 2020. Ele ressaltou que governa com total transparência. Lembrou os problemas que enfrentou quando tomou posse, como as crises do Hospital Materno Infantil e do Hugo, o pagamento dos salários do servidores em atraso, apenas R$ 11 milhões em caixa e dívidas de R$ 3,1 bilhões. Comentou que muito foi feito, mas lembrou que existe para este ano o problema fiscal, econômico e financeiro de Goiás, que necessitará do apoio do governo federal para ser resolvido.
A questão da concessionária de energia Enel também voltou a ser comentada pelo governador, em resposta à repórter Camilla Teixeira da TV Brasil Central. Ele destacou que “não aceita a Enel tratar Goiás como Estado acessório, tem que ter respeito”. Citou os graves problemas de fornecimento de energia ocorridos principalmente em outubro e novembro do ano passado, e como isso impactou na vida dos cidadãos, empresários e produtores rurais. E garantiu que o assunto Enel não sai de sua pauta. “Vou continuar extremamente exigente. Não vou cobrar mais do que a necessidade que Goiás exige para gerar mais empregos”, afirmou.
Informações dap Agência Brasil Central
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