O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), alerta todos os proprietários de barragens no Estado para volumes de chuva acima do normal nos próximos dias.
Alertas emitidos pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em conjunto com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) apontam para maiores acumulados de chuva em uma faixa que passa pelos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, sudeste do Pará, Goiás, leste e nordeste do Mato Grosso.
No Oeste de Goiás o acumulado de chuva no período entre o último dia 3 e o próximo dia 10 de fevereiro foi estimado em até 300 mm. Segundo o boletim do Inmet, Goiás pode ter, entre esta sexta-feira (07/02) e domingo (09/02), “chuva superior a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia. Grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas, em cidades com tais áreas de risco.”
De acordo com o superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Marcos Antônio de Souza Menegaz, volumes acima de 100 milímetros já demandam uma atenção redobrada dos proprietários. “O que nós recomendamos é uma vistoria da estrutura e que o nível da água seja reduzido, já pensando em um possível cenário de cheia, para que a barragem receba e escoe o volume sem maiores pressões”, afirma.
A Semad também instrui todos os proprietários de barramentos para que estejam sempre em prontidão para comunicar possíveis emergências às Defesas Civis municipais da região onde se encontram, além de constituir uma rede de comunicação com vizinhos e comunidades residenciais em um raio de 10 quilômetros da represa.
Segundo recomendações da Semad, todos aqueles que tenham uma barragem em sua propriedade deverão seguir as seguintes recomendações:
– Verificar o nível do reservatório, que não pode estar totalmente cheio nesse período.
– Verificar existência de trincas ou rachaduras e infiltrações nas ombreiras e taludes. Caso existam, deve-se reduzir ainda mais o volume acumulado no reservatório.
– Deixar descargas de fundo escoando livremente nos próximos dias para que a barragem receba a água da chuva sem problemas.
– Desobstruir os extravasores, quando houver: retirar lixo, vegetação ou qualquer material presente para que haja fluxo.
Jamais remover árvores ou vegetação nos taludes ou ombreiras para não causar instabilidade na estrutura. Deixar para realizar tal procedimento durante a seca.
Informação do setorial da Semad
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