Matéria do Uol alerta que a pandemia do novo coronavírus não mudou apenas as datas das eleições municipais deste ano, mas também a maneira como serão feitas as campanhas. Cenas tradicionais, como candidatos tomando um café na padaria e distribuindo cumprimentos e santinhos, terão de ser, no mínimo, adaptadas para um período em que o distanciamento social é a principal medida de prevenção à covid-19.
Nathan Lopes do UOL em São Paulo afirma que marqueteiros, dirigentes políticos e especialistas em marketing eleitoral ouvidos para o UOL, afirmaram que esta campanha será, sim, ainda mais digital do que as últimas. Mas um mínimo de presença do candidato junto ao eleitorado irá existir, mesmo que a certa distância.
O carro de som, afirma o texto, será muito usado mesmo que o candidato so alcance o eleitor por meio do som, sem qualquer contato físico. também os os candidatos poderão discursar e se encontrar com lideranças de comunidades e personalidades famosas em lives, um “livemício”.
Em São Paulo a equipe de Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, trabalha com dois cenários para a campanha: físico, com menor destaque e, se pandemia seguir como está, destacando um elemento digital fundamental, “onde quem está à frente nas redes terá vantagem na disputa, com destaque para as lives e assembleias e reuniões virtuais”, diz Josué Rocha, coordenador da campanha.
Já a campanha do PSB, também no cenário das eleições em São Paulo, irá focar na criação de comitês virtuais para segmentar a campanha em cada microrregião da capital. A estratégia é que isso substitua, na medida do possível, o “corpo a corpo”.
A figura do cabo eleitoral poderá ficar mais parada nesta eleição, mas movimentando seus contatos em aplicativos de mensagens e redes sociais. Ou seja, circulando pela “rua digital”. A campanha de rua agora é de rua digital. Aquele velho ajudante de campanha que ficava nos bairros agora é o garoto do bairro que tem 50, 100 contatos de WhatsApp. Você vai ter que contratar uma rede de assessores na rede. dizem especialistas ouvidos pelo Uol.
Carro de som, live, post em rede social: o formato não deve ser o primordial, mas, sim, o conteúdo, observa o professor Luli Radfahrer, professor da Eca- Usp. “Às vezes, um bom texto funciona até melhor do que um vídeo. Às vezes, um vídeo tosco, mas bem roteirizado, pode ser muito melhor do que um vídeo bem produzido em que o cara não tem muito a dizer”, diz
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