Segundo a Organização Mundial da Saúde, 28 vacinas estão atualmente passando por estudos clínicos, numa cruzada que envolve cientistas de todo o mundo em busca de uma resposta efetiva à pandemia do novo coronavírus. As vacinas candidatas estão sendo testadas em procedimentos de investigação que podem confirmar ou não sua segurança e eficiência. Os ensaios são divididos em três fases e, por enquanto, seis candidatas estão no estágio final, que analisa a eficácia das vacinas. Entre elas, está a CoronaVac, afirma matéria da revista Piauí.

No Brasil, informa a publicação, o governo de São Paulo fechou acordo com a empresa chinesa Sinovac para testar sua vacina em quase 9 mil voluntários em troca de poder fabricá-la no país. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, responsável pelos testes entre os brasileiros, anunciou que “no começo do ano que vem já teremos condições de usar essa vacina em massa”. Seu chefe, o governador João Doria, afirmou que a vacina estaria disponível em janeiro para ser distribuída gratuitamente.

O calendário científico, porém, é menos otimista. O próprio Butantan prevê examinar o último participante do teste em outubro de 2021. É a mesma data prevista pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford para terminarem os testes de sua vacina no Brasil. O terceiro laboratório que testa a sua droga no Brasil, a Pfizer, prevê completar o estudo em novembro de 2022.

A reportagem da Piauí encontrou a data no protocolo preenchido pelo Butantan no banco de dados mundial sobre estudos clínicos, o Clinical Trials. Confrontado com a informação, o instituto confirmou a previsão. Assim, a distribuição em massa da vacina no começo do próximo ano esbarra nas exigências de acompanhamento dos testes até o fim, para saber, justamente, se a imunização é eficaz. A última fase dos testes clínicos da CoronaVac, coordenada no Brasil pelo instituto, teve início no dia 21 de julho. Desde então, Doria e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, alimentam a esperança de que em pouco tempo a vacina possa ser utilizada.

Informe Piauí