A operação Candombá realizada desde a última terça-feira (24/08) pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, apura a ocorrência de loteamentos irregulares no município de Alto Paraíso de Goiás. Em campo, as equipes verificaram que quase a totalidade de pessoas que compraram essas áreas são de Brasília, no Distrito Federal.
As ações em Alto Paraíso, seguem até a próxima sexta-feira (04/09). A operação, batizada ‘Candombá’, leva o nome de uma vegetação típica do Cerrado, também conhecida como Planta do Fogo, com forte ocorrência na região, tem como foco a fiscalização contra a especulação imobiliária na Unidade de Conservação (UC) estadual.
Fatores como proximidade, estilo de vida e alto poder aquisitivo são considerados pelos fiscais como determinantes para que esses compradores sejam alvo certo da forte especulação imobiliária que tem crescido nos últimos tempos na região da Chapada dos Veadeiros. É no município que está localizada a Unidade de Conservação (UC) APA de Pouso Alto, do Estado de Goiás.
Em relação a Goiânia, os municípios que integram o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), como Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d’Aliança ficam bem mais próximos de Brasília. O primeiro, por exemplo, onde as equipes atuam nesse momento, dista cerca de 230 km da capital do país.
Além da análise administrativa – com a lavratura de autos de infração e aplicação de multas que variam de acordo com o tipo de degradação ambiental –, os possíveis danos também serão alvo de ação criminal, com a instauração de inquérito policial, que posteriormente será remetido à Justiça. Assim, vendedores, compradores e imobiliárias deverão acompanhar os processos criminais também na capital do Estado.
A operação á havia resultado na aplicação de multas que somam R$ 1.948.000 na região da Chapada dos Veadeiros. De acordo com a secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, esse tipo de ação irregular em uma das áreas mais preservadas do Cerrado goiano gera um “impacto ambiental muito expressivo, como impermeabilização de solo e redução da disponibilidade hídrica, afetando, assim, os corredores ecológicos que existem de fauna e flora no local.”
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