A partir das 19 horas do último sábado, 26, os eleitores começaram a ver, quem de fato quer administrar oferecendo à população serviços essenciais com qualidade. A lista passa por hospitais bem equipados, transporte público decente, saneamento básico, escolas que cumpram sua função de formar os alunos para servir a sociedade. Nos próximos dias ( o primeiro turno das eleições acontece em 15 de novembro), o eleitor deve ficar atento à campanha eleitoral para ver quem possui essas características.

Desde a República, o político chega ao eleitor com práticas assistencialistas. Ele busca passar a imagem de “único a saber cuidar das pessoas”, “único que conhece a cidade”, embora a maioria já tenha ocupado cadeira de prefeito ou vereador e nada tenha feito para promover o desenvolvimento do município ou tornar a vida dos munícipes melhor.

Os slogans de candidato ficha limpa e não corrupto ou incorruptível marcaram as últimas eleições. Os discursos falsos e fáceis se transformaram numa profunda decepção com os últimos governos. E as eleições de 2020 trazem de volta os “bons mocinhos” envolvidos com problemas na justiça. Pesquisas realizadas por coordenações partidárias acenderam a luz com relação a candidatos que respondem a processos na justiça.

Uma enquete realizada pelo PSBB, em vários municípios goianos, mostrou que em Morrinhos, 92% dos eleitores, rejeitam candidatos considerados ficha suja, caso do ex-prefeito Joaquim Guilherme que insiste na perspectiva de concorrer sob liminar; de Lêda Borges em Valparaíso de Goiás, cujo levantamento no jusbrasil atesta a existência de 33 processos contra ela; de Ênio do Bidon em Rio Quente, que está com os direitos políticos cassados, mas buscou registrar candidatura para prefeito o que provocou o Ministério Público a pedir impugnação do registro de sua candidatura.

Nascida de iniciativa popular a Lei da Ficha Limpa que completou dez anos em 2020, serve como uma ferramenta para que os eleitores consigam escolher melhor os candidatos a quem dedicarão seus votos. Da mesma forma, a norma abre espaço no cenário político para que outras pessoas comprometidas com o bem comum se encorajem a concorrer a cargos públicos eletivos.

A norma cristalizou o anseio antigo da sociedade de ver afastados da vida pública os políticos que comprovadamente não cumpriram as normas que regem o país. Ante estas irregularidades os organismos jurídicos tem insistido na conscientização dos eleitores de fazer com que estes candidatos respondam por suas improbidades para só então pensar novamente na vida pública.