O Ministério Público Estadual pode, a qualquer momento, solicitar a prisão da deputada Lêda Borges, PSDB, pela acusação de um desvio milionário de R$ 46 milhões e perseguição a servidores da Secretaria de Finanças da cidade de Valparaíso, onde a deputada foi prefeita. Ela concorre a prefeitura do município nestas eleições.

A denúncia formulada pelo MP apura que quando prefeita, Lêda favoreceu grandes empresas e incorporados. Fiscais tributários, servidores efetivos da Secretaria de Finanças denunciam que foram perseguidos pela então prefeita do município com o corte de gratificações.

Um advogado, dois servidores, uma ex-procuradora e dois empresários se colocaram à disposição do Ministério Público para comprovar o funcionamento do esquema e atos de destruição de provas no processo. Segundo os fiscais Lêda Borges teria determinado retirar do sistema os impostos de empresas responsáveis pela construção de 4 mil unidades habitacionais no município.

A ação encontra-se na Vara de Precatórios em Goiânia para cumprimento de mandado de intimação. Em recente decisão, o juiz da Vara da Fazenda Pública, Rodrigo Prudente destacou as reiteradas manobras da deputada estadual para não ser intimada.

O processo passou para Segredo de Justiça depois que o Ministério Público percebeu interferência direta de Lêda Borges quando em 2017 tentou destruir provas. Agora o Ministério Público Estadual pode a qualquer momento solicitar a prisão de Lêda Borges pelas manobras de obstaculizar o processo alegando domicilio em Goiânia. Vale lembrar que por conta de postulação, Lêda Borges forneceu a Justiça Eleitoral endereço de Valparaíso.

Todos esses embaraços tem causado fraude processual e crime contra a administração da Justiça. Para o Ministério Público, os crime contra administração pública cometido por Lêda Borges, segundo a 3ª Promotoria de Justiça de Valparaíso de Goiás, são de atos dolosos de improbidade administrativa.