Uma ação do Ministério Público Eleitoral (MPE) desencadeou, na manhã de quinta-feira (5), a operação Leão de Neméia. O objetivo é desarticular grupo suspeito de produzir e divulgar pesquisas eleitorais fraudulentas em todo o Estado de Goiás nas eleições municipais de 2020.
Investigações realizadas pelo MP identificaram que a empresa IPOP-Cidades & Negócios produziu e divulgou 349 pesquisas suspeitas em 191 dos 246 municípios goianos desde a sua criação em fevereiro deste ano, o que representa, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o maior número de pesquisas realizadas nestas eleições em todo o país.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Eleitoral da comarca de Alvorada do Norte, no nordeste goiano, Pedro Henrique Guarda Dias, nos municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia, na sede da empresa, e nas residências do proprietário do IPOP, Márcio Rogério Pereira Gomes, e da estatística Karen Cristina Alves Pessoa.
Os advogados da empresa disseram, em nota, que “até o momento não existe qualquer tipo de mandado de prisão, apenas de busca e apreensão dos documentos para apurar se há fraude ou não na divulgação das pesquisas”. Informaram ainda que estão “apresentando toda a documentação para esclarecer que não há fraude”.
O MP afirma que o intuito era favorecer alguns candidatos a prefeito em detrimento ao seus concorrentes.
“A operação identificou a produção de pesquisas fraudulentas e divulgação delas com o objetivo de destacar alguns candidatos apenas na frente dos seus adversários políticos”, explica o promotor de
Justiça Douglas Chegury.
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