O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, a apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada que irá reavaliar em março a criação do seu partido, o Aliança pelo Brasil, e que deverá se filiar a outra sigla se não houve avanço para a formação de sua própria legenda.
“Em março nós vamos reestudar se o partido decola. Se não decolar nós vamos ter que ter outro partido, ou não temos como nos preparar para as eleições de 2022”, disse.
O Aliança pelo Brasil foi lançado por Bolsonaro em novembro de 2019, depois do presidente brigar com a direção do PSL, partido pelo qual foi eleito, e abandonar a sigla.
No entanto, a coleta de assinaturas necessárias para criação de uma nova sigla –cerca de 500 mil– não andou como previsto, apesar do empenho inicial dos bolsonaristas. Até agora, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Aliança conseguiu validar apenas 57.201 assinaturas.
“É muita burocracia, muito trabalho, verificação de ficha… depois passa pelo TSE também. Então o tempo está meio exíguo para a gente. Não vamos deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir”, disse Bolsonaro. “E não é por mim, porque eu não estou fazendo campanha para 2022. Mas o pessoal que quer disputar queria estar no partido que tivesse simpatia minha”.
Bolsonaro tem convites de outros partidos e já disse que analisa três deles. Na lista estão o PP, cujo presidente, o senador Ciro Nogueira (PP), se tornou hoje um dos maiores aliados de Bolsonaro no Parlamento. Também estão na lista de possibilidades uma volta ao PSL, condicionada ao afastamento de seus desafetos, ou a adesão a um partido de menor expressão, como o Patriotas.
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