Agência Brasil – Em meio aos recorrentes problemas com invasores de terras, as comunidades Kalunga que vivem há mais de 300 anos na Chapada dos Veadeiros (GO) tiveram, nesta semana, uma importante conquista: seu sítio histórico foi oficialmente registrado como o primeiro TICCA – Territórios e Áreas Conservadas por Comunidades Indígenas e Locais – do Brasil.
Localizadas nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, no nordeste goiano, as 39 comunidades quilombolas que compõem o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga conseguem com esse reconhecimento, dado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas, ampliar a autonomia que é necessária para a gestão de seu território, que compreende 261 mil hectares.
O título recebido da ONU é atribuído a “territórios comunitários e tradicionais conservados, nos quais a comunidade tem profunda conexão com o lugar que habita, processos internos de gestão e governança e resultados positivos na conservação da natureza”.
A expectativa é de que, com a validação obtida, os kalunga tenham, além de melhores condições de proteger seu território contra ameaças externas, a possibilidade de agregar ainda mais valor ao turismo de base comunitária que desenvolve e aos produtos da região.
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