“O Ministério Público de Goiás (MP-GO) vai atuar decisivamente, com a responsabilização criminal, com base na Lei de Improbidade Administrativa, com base nas multas administrativas, daqueles que não cumprirem as normas e a legislação para conter o avanço da doença (Covid-19).” O alerta é do chefe da instituição, procurador-geral de Justiça Aylton Flávio Vechi, e foi feito na manhã desta quarta-feira (17/2), durante videoconferência entre representantes dos poderes, instituições e órgãos estaduais com prefeitos de diversos municípios.
Segundo Aylton Vechi, desde o início da pandemia, no ano passado, o MP-GO identificou problemas estrutural e de logística para o enfrentamento à doença. Ele afirmou que a questão estrutural foi revertida, com a regionalização do atendimento, criação de leitos de UTI e enfermaria, entre outras medidas. Em relação ao aspecto logístico, o procurador-geral de Justiça afirmou que os problemas que estão ocorrendo em relação à vacinação e são provocados por causa de pensamentos de individualidade. “Não é possível mais permanecer na individualidade, não há espaço para o pensamento da ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’”, alertou.
O procurador-geral de Justiça entende que há necessidade de atuação coordenada, organizada. Segundo ele, não é possível que cidades conurbadas, contíguas ou próximas possam ter ações diferentes para a mesma questão. Segundo ele, a nota técnica expedida pela Secretaria de Estado da Saúde expressa a necessidade de coordenação de ações. “Não vamos vencer se não tivermos a responsabilidade de conduzir este processo de forma organizada”, reiterou.
O governador Ronaldo Caiado afirmou que as instituições estão lutando para que Goiás tenha condições de enfrentar a pandemia. Segundo ele, neste momento, mesmo com o início da vacinação, é preciso manter cuidados como uso de máscara e distanciamento social. Para o governador, as pessoas precisam ter a compreensão de que não é possível mais exigir a abertura de novos leitos como solução para o avanço da doença, já que as estruturas física e de pessoal são finitas.
Ronaldo Caiado falou sobre a necessidade de os segmentos organizados da sociedade goiana e os líderes de todas as áreas se conscientizarem de que a omissão em relação às medidas de segurança está levando milhares de pessoas a óbito. Para ele, a nova variante do coronavírus tem capacidade maior de transmissão. Ele relatou ainda a sobrecarga de trabalho a que as equipes de saúde estão submetidas, com nível alto de estresse mental.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, mostrou que está sendo considerada uma divisão de 18 regiões no Estado e que, semanalmente, a avaliação da SES vai estratificar os locais conforme três estágios de situação: alerta, crítica e calamidade. Ela apresentou a situação em seis regiões – Estrada de Ferro, Rio Vermelho, São Patrício I, Norte, Oeste I e Nordeste II –, mostrando que em várias cidades houve agravamento no número de casos.
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