O grupo de governadores que compõem o Fórum Nacional de Governadores fez chegar ao governo federal, uma carta em que pedem a regulamentação da lei que autoriza estados e municípios a comprarem vacina. Eles também solicitam a implementação de medidas relacionadas ao funcionamento de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias do país, com exceção das que possam afetar o transporte de carga e os serviços considerados essenciais. O objetivo é conter o avanço do contágio da doença no Brasil.

O Fórum reforça o pedido para que a distribuição das vacinas seja por meio do Plano Nacional de Imunização, de forma a garantir a aplicação gratuita, com pedida de edição da regra que autoriza a compra das doses por estados e municípios. Tal iniciativa condiz com as diretrizes nacionais de vacinação e as providências adotadas por governadores e prefeitos, no contexto da universalização da aplicação das vacinas disponíveis no país.

Wellington Dias (PT), governador do Piauí e um dos coordenadores de uma iniciativa de combate ao coronavírus, cita o elevado número de mortes em meio à pandemia para pleitear a implantação de medidas restritivas ao governo federal. No pedido, o grupo prevê que o agravamento da pandemia deve ser prolongado até maio, um mês após o término da fase 1 do Programa Nacional de Imunização, “garantindo, assim, os efeitos da vacina sobre o grupo de maior risco”, justifica um dos trechos do documento.

“Os governadores dos entes federados brasileiros, ao considerarem a gravidade da pandemia que acomete todas as regiões do país, solicitam o apoio desse Ministério, visando à coordenação e adoção de medidas em âmbito federal, com o fito de conter o coronavírus e reduzir adoecimento, internações e óbitos de brasileiros”, diz o documento dirigido ao ministro Eduardo Pazuello.

“O presente apelo faz-se imperioso no atual contexto de agravamento da pandemia, situação que deve perdurar até maio, quando esperanças renovadas sobrevirão com o término da Fase 1 do Programa Nacional de Imunização, previsto para abril, garantindo, assim, os efeitos da vacina sobre o grupo de maior risco”, escreveu Dias.

No sábado (13), o consórcio de governadores do Nordeste formalizou a compra de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.