O governador Ronaldo Caiado e quinze governadores tornaram pública uma carta conjunta para condenar a disseminação de notícias falsas e agressões que “visam a criar instabilidade institucional nos Estados e no País”. Os governadores criticam em especial os parlamentares federais que participam da disseminação dos boatos e lembram que o país vive um momento de emergência na saúde e alerta que a vida de todos os brasileiros está em grave risco.
O manifesto critica agentes públicos envolvidos nesse tipo de ação. “Registramos especialmente o nosso protesto quando são autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa. Conclamamos o Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, bem como o Presidente do Supremo Tribunal Federal, para que adotem todas as providências de modo a coibir tais atos ilegais e imorais”.
“Os governadores, juntamente com os servidores públicos e profissionais do setor privado, estão lutando muito para garantir atendimento de saúde e apoio social à população. Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros atos absurdos”, diz a carta.
Segundo analistas políticos alguns dos deputados que divulgaram informações não comprovadas foram Bia Kicis (PSL-DF) — presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara —, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Soldado Prisco (PSC-BA) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Os governadores destacam que “os estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos”. “Estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático”, prossegue o texto. Termina expressando gratidão a “todos os servidores públicos e profissionais que têm atuado incessantemente” no combate à pandemia e destaca em especial as forças policiais, a quem declaram solidariedade “em relação a reivindicações justas quanto à vacinação”, pleito que está em análise no Ministério da Saúde.
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