O Ministério da Saúde incluiu pessoas entre 18 e 59 anos vivendo com HIV no grupo prioritário para imunização (comorbidades). Em janeiro, a recomendação dizia que apenas pessoas com HIV e CD4 menor 350 teriam prioridade na imunização.

A partir dessa iniciativa será possível reduzir o impacto da pandemia nesse grupo, especialmente em relação ao risco de hospitalização e óbito, e respeitar o conceito de equidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

As pessoas incluídas nesta fase da vacinação e com dados atualizados nos sistemas de informação (SISCEL, SICLOM) terão o pré-cadastro no Conecte-SUS realizado automaticamente. Para aqueles que apresentarem os critérios e não apresentarem o pré-cadastro, as Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) receberão, via SICLOM, a lista dos indivíduos incluídos.

As Unidades Dispensadoras de Medicamentos poderão fornecer declaração nominal (modelo disponível no SICLOM) informando a inclusão do indivíduo no grupo prioritário, para ser apresentado no local de vacinação. Também será possível apresentar o receituário dos antirretrovirais, exames, relatório médico, prescrição médica, como forma de comprovar a condição. O início da vacinação para este grupo será informado por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O plano de imunização brasileiro contra a covid-19 dividiu a população adulta em prioritários e não prioritários. O grupo prioritário é subdividido em 29 categorias, entre elas idosos, adultos com comorbidades, profissionais de saúde, pessoas em situação de rua, presos, pessoas vivendo com HIV/aids, trabalhadores do setor de educação, agentes de segurança, motoristas de ônibus e caminhoneiros. Essas pessoas somam 77,3 milhões.

Em linhas gerais, a ordem segue três momentos. 1. idosos e profissionais de saúde; 2. adultos com comorbidades; 3. profissionais de categorias essenciais. A cidade de São Paulo, levou o mês de março inteiro para vacinar apenas idosos de 70 a 79 anos.
O grupo mais numeroso entre os prioritários é o de adultos de 18 a 59 anos com comorbidades (ou doenças pré-existentes), entre elas diabetes, síndrome de Down, fibrose cística, hipertensão, cirrose hepática, cardiopatias e pessoas com obesidade mórbida (IMC acima de 40). Essa fatia representa quase 18 milhões de pessoas e corre mais riscos de morrer de covid-19 ou desenvolver a forma grave da doença.

Com informações da Agência de Notícias da AIDS e do Ministério da Saúde