A Prefeitura de Goiânia deverá manter a flexibilização das atividades não essenciais a partir desta quarta-feira (14/4), quando o decreto em vigor perderá a validade. A tendência é que haja restrições de segurança nos estabelecimentos que, por natureza, podem ocasionar maior aglomeração.
O conjunto de medidas, dialogadas entre o prefeito Rogério Cruz e o governador Ronaldo Caiado nesta segunda-feira (12/4), no Paço Municipal, será apresentado a prefeitos da Região Metropolitana, representantes do Ministério Público, Poder Judiciário e integrantes das equipes de Saúde do Estado e de municípios . Após as discussões, haverá ainda a deliberação do COE para que os termos do novo decreto sejam determinados.
O prefeito Rogério Cruz destacou que as concessões do município devem ser bem avaliadas, já que as decisões da capital têm sido seguidas por diversas cidades goianas. No entanto, os indicadores da Covid-19 permitem decisão de equilíbrio. “Temos uma certa segurança do que estamos acompanhando há uma semana, não temos pacientes de UTI em espera e a cada dia temos aumentado o número de leitos porque sabemos que viemos dos 14 dias fechados e precisamos estar muito atentos do que podemos receber nos próximos dias”, explicou o prefeito ao citar os últimos feriados e como o comportamento das pessoas deve refletir na estrutura hospitalar.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, fez uma apresentação técnica dos indicadores mais recentes da pandemia e destacou queda de 16% para 5,8% nas testagens ampliadas que vêm sendo realizadas na capital desde que as medidas restritivas foram iniciadas. As informações elencadas também mostram recuo nas taxas de contaminação, ocupação de leitos e pedidos de vagas de UTI. “Goiânia também tem avançado com a vacinação e tem percebido os primeiros efeitos deste trabalho”, frisou.
O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, afirmou que há uma tendência real e sustentada de queda da pandemia em Goiás. Entre as informações que são analisadas diariamente, Ismael destacou o indicador conhecido como número efetivo de reprodução da infecção (Re), da taxa de mortalidade e, principalmente, o recuo de pedidos de vagas de UTI. “Não estamos no momento confortável, mas é um momento para refletir a situação sanitária para que tenhamos as atividades desenvolvidas no dia a dia, mas que respeitem os protocolos de saúde”, pontuou Ismael Alexandrino sobre a responsabilidade da população em colaborar com as regras sanitárias.
O governador Ronaldo Caiado elogiou a postura de diálogo de Rogério Cruz e disse que “a população entende como uma decisão harmoniosa, discutida, elaborada e, como tal, não dá espaço para que haja contestação em relação aos poderes constituídos”. Caiado também enfatizou o trabalho das equipes técnicas para combater o coronavírus. “Nós não decidimos nada que não seja em conjunto. A nossa área técnica precisa conversar primeiro para avançarmos nosso entendimento e fazer com que isso amplie cada vez mais, já que nosso objetivo é salvar vidas e nosso inimigo é o vírus”, disse.
Caiado também alertou para a necessidade de toda a população se engajar no combate à Covid-19. “Se não tivermos a contrapartida da população e a demanda de leitos for maior do que nós temos de oferta, se o RE ultrapassar o parâmetro de 1,2 em diante, não conseguiremos e, como tal, teremos que recuar dessa medida”.
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