A Controladoria-Geral da União (CGU) atesta um prejuízo de R$ 362,6 mil no projeto e execução de um espaço cultural denominado Centro Cultural Casa de Vidro Antônio Poteiro. A responsabilidade é atribuída  a Prefeitura de Goiânia idealizadora da obra. O primeiro contrato de execução foi fechado em 2010.

O valor do prejuízo, segundo os dados do relatório da Controladoria-Geral da União, é composto por duas partes. Uma delas, de R$ 199,7 mil, diz respeito ao equivalente do que foi gasto com a fundação inicial da obra e que precisou ser desfeita, após mudança do projeto.

A outra parte refere-se ao aditivo que foi feito no segundo contrato para dar continuidade à obra, em 2018, após período de paralisação. O valor de R$ 162.935,65 foi gasto em novos serviços de demolição de pilares, lajes, vigas, fundações e retirada de entulhos.

A CGU tem por obrigação fiscalizar obras que envolvam recursos federais. A obra da Casa de Vidro é fruto de convênio fechado entre a União e a prefeitura, por intermédio do Ministério do Turismo, após emenda aprovada da então deputada e primeira- dama de Goiânia, Iris Araújo.

O relatório deixa claro que o montante em que houve prejuízo saiu dos cofres da prefeitura. Nos demais contratos e valores apresentados, referentes ao projeto, não foram constatados sinais de mau uso do dinheiro público. Os preços dos serviços contratados, inclusive, foram considerados compatíveis com a realidade.

A obra foi concluída em dezembro de 2020, 27 meses, após o início, ou seja, com 18 meses de atraso e 98,61% concluídos. A pandemia adiou projetos para utilização do Centro Cultural. Mas, setores culturais levantam suspeitas sobre o destino que teria o espaço. O ex-secretário de cultura, Cleber Adorno estaria pensando em ceder o local para instalação de espaço de shows e dança, promovendo sua terceirização.

 

Com informações do jornal Metrópoles