O Ministério da Saúde espera para dia 29 de abril, o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer contendo 1 milhão de doses. O Brasil receberá 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 até junho.
O contrato do governo federal com a farmacêutica norte-americana é de 100 milhões de doses do imunizante. Portanto, ao longo do ano, ainda poderão desembarcar no país mais 84,5 milhões de vacinas. O carregamento virá de uma da fábrica da farmacêutica na Bélgica. após longa negociação entre a farmacêutica e o governo.
A vacina da Pfizer já pode ser aplicada no Brasil porque obteve registro junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda em fevereiro.
Segundo o médico infectologista Marcos Junqueira do Lago, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a chegada do imunizante alterará o cronograma do ministério na distribuição de vacinas.
Isso porque o imunizante da Pfizer tem uma necessidade de estocagem mais complexa e em temperaturas mais baixas. Conforme divulgado pela fabricante em fevereiro deste ano, sua vacina pode ser armazenada entre -25ºC e -15ºC por até duas semanas.
Até então, a farmacêutica dizia que as doses só poderiam ser armazenadas em freezers de ultracongelamento, entre – 80ºC e – 60ºC. Neste caso, a validade seria de até seis meses.
Ao lado da Moderna, o imunizante da Pfizer, produzido em parceria com a BioNTech, é um dos que apresentam maior eficácia.
Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), divulgados no dia 29 de março, a eficiência dos imunizantes é de 90% após duas semanas da aplicação da segunda dose. Além disso, a proteção já chega a 80% depois do mesmo período da primeira injeção.
Até essa quinta-feira (15), o Brasil tem 25.460.098 de vacinados com a primeira dose e 8.558.567 com a segunda. A quantidade corresponde a 12,02% e 4,04% da população brasileira, respectivamente.
As duas vacinas usadas até o momento são a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxforx.
Além da CoronaVac e dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer, o Brasil ainda negocia a compra de outras vacinas. Uma delas é a russa Sputnik V, que ainda precisa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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