O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o bloqueio da investigação contra o padre Robson de Oliveira, suspeito de desviar dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A decisão confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e manteve arquivada ação contra padre Robson de Oliveira. O ministro Olindo Menezes, relator do agravo em recurso especial, acatou os argumentos apresentados pela defesa do religioso e considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.
O padre foi investigado durante a Operação Vendilhões. Ela foi deflagrada em agosto do ano passado pelo Gaeco, que apurava se as verbas angariadas por meio de contribuições pagas por fiéis de todo o País à Afipe, para custeio das atividades da Igreja Católica e para o pagamento de obras e projetos de cunho social. Se estariam sendo utilizadas para finalidades espúrias, como o pagamento de despesas pessoais dos investigados e para a aquisição de imóveis que, em princípio, não se destinam ao usufruto da associação.
A defesa do padre disse que a sentença reconhece a inocência do religioso. “Isso, finalmente, faz justiça à honesta administração conduzida por padre Robson à frente da Associação Filhos do Pai Eterno”, disse o advogado Pedro Paulo de Medeiros. O religioso continua afastado das funções como padre. Com a sentença, a defesa espera que ele possa voltar a realizar missas e outras celebrações.
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