O Ministério da Saúde anunciou hoje (28) o início da vacinação dos trabalhadores da educação no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19. O grupo já fazia parte dos públicos prioritários e agora os estados começarão a receber doses para aplicação nesses profissionais.

Atualmente, os estados estão imunizando pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, o ministério começará a destinar doses aos trabalhadores da educação em paralelo aos grupos de pessoas com deficiência permanente sem cadastro no BPC, população em situação de rua e funcionários e população do sistema de privação de liberdade (prisões e unidades de internação de adolescentes).
Vacinas em junho

A estratégia, segundo o MS, é concluir até o grupo de trabalhadores da educação, na sequência inicia o grupo 20 [forças de segurança] e por faixa etária. Se o município tiver demanda reduzida, tem que fazer trabalho de identificar pessoas, de buscar e se esgotar essas possibilidades já pode abrir. O município vai ter que manejar isso e entender a sua população.

A medida foi adotada após ter sido detectada uma menor procura por vacinação dos grupos prioritários em estados e municípios. “Essa demanda reduzida pode estar relacionadas às superestimativas do grupo de comorbidades, onde utilizamos dados da Política Nacional de Saúde, mas não faz relação com as comorbidades do PNI, existindo uma margem de erro”, explicou Francieli.

“Enquanto estivermos vacinando grupos vulneráveis já vamos abrir para trabalhadores da educação. Na sequência, quando concluir esses grupos, inicia os outros segmentos: força de segurança e salvamento, trabalhadores de transporte coletivo até o grupo 28 [do PNO]. São números pequenos. Os quantitativos de vacina vamos dividir. Vamos fazer uma parte para este segmento e uma parte por faixa etária”, comentou a coordenadora do PNI.

A vacinação por faixa etária, para a população em geral, seguirá a ordem decrescente. Como os idosos (60 anos +) já foram imunizados, o ministério pretende vacinar as pessoas de 18 a 59 anos. O esquema de vacinação terá início pelos mais velhos (59 anos). Francieli Fantinato acrescentou que os municípios terão a flexibilidade de pactuar com os estados a aceleração da imunização nos grupos do PNO e nas faixas etárias, caso complete segmentos.

“A estratégia inicial é concluir até o grupo de trabalhadores da educação, na sequência inicia o grupo 20 [forças de segurança] e por faixa etária. Se o município tiver demanda reduzida, tem que fazer trabalho de identificar pessoas, de buscar e se esgotar essas possibilidades já pode abrir. O município vai ter que manejar isso e entender a sua população”, explicou.

Ainda conforme o Ministério de Saúde, para junho, está prevista a distribuição de 43,8 milhões de doses. Esse total será formado por 20,9 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca, produzidas pela Fiocruz; 6 milhões da Coronavac (do Instituto Butantan); 4 milhões da Oxford/AstraZeneca pelo consórcio Covax Facility; 842 mil da Pfizer pelo Covax Facility e 12 milhões da Pfizer.