Operação Barganha, realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) entre os dias 16 e 25 de agosto, em Alto Paraíso de Goiás, no Nordeste goiano, resultou na aplicação de multas que totalizam R$ 2 milhões. Após as equipes de fiscalização constatarem o cumprimento parcial de embargos ambientais lavrados no ano de 2020, algumas áreas foram notificadas e novos autos de infração confeccionados por desobediência à lei.
“A fiscalização no Nordeste goiano precisa ser intensa. Há um mercado imobiliário crescente na região da Chapada dos Veadeiros e não podemos deixar que isso ocorra de forma desenfreada e que comprometa a preservação ambiental do local”, relata a secretária Andréa Vulcanis. A titular da Semad esclarece que o trabalho da pasta, nesse sentido, preza pelo equilíbrio entre crescimento econômico e conservação dos recursos naturais.
A Operação Barganha foi desencadeada em Alto Paraíso para vistoriar o cumprimento das sanções previstas no âmbito da Operação Candombá, realizada em agosto de 2020 pela Semad e Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil. À época, as ações resultaram na aplicação de multas que somaram R$ 1,9 milhão na região da Chapada dos Veadeiros. Entre os crimes ambientais vistoriados pelas equipes estavam os loteamentos irregulares na APA de Pouso Alto, no município de Alto Paraíso de Goiás.
Os fiscais observaram, entre outros fatores, a abertura de parcelamentos irregulares do solo para fim urbano dentro de áreas destinadas apenas para uso rural; loteamento de solo abaixo da fração permitida para áreas rurais; supressão de vegetação nativa do Cerrado para abertura de arruamentos e lotes, captação de água sem outorga, dentre outros usos ilegais, como uso de fogo em vegetação nativa e pastagens. Junto a isso, foram checados alvos recentes de desmatamento levantados por imagens de satélite.
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