Está em tramitação, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o projeto n° 8519/21 da Mesa Diretora, que propõe alterar o Regimento Interno da Casa de Leis para permitir que as sessões ordinárias e extraordinárias do Plenário e das Comissões Técnicas sejam realizadas de forma híbrida. O projeto é de autoria da Mesa Diretora da Casa, e, praticamente todos os parlamentares irão votar a favor.

A proposta, no entanto, é cercada de críticas. Setores organizados da sociedade vêm nisso  mais um “benefício” para os deputados que além de ganharem quase 30 mil reais de salário, têm auxílio-alimentação, auxílio combustível entre outros,  e agora passarão a ter mordomia de trabalharem em casa, sem precisarem comparecer ao plenário.

De acordo com o texto da matéria, o formato híbrido tem dado certo, por isso há a avaliação de que essa condição pode ser utilizada em casos específicos. Com a proposta de alteração do Regimento Interno, as reuniões poderão ser realizadas através do modelo, desde que não ultrapasse 40% das sessões realizadas durante o ano.

Segundo o presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB), a ideia não é restringir e sim ter a possibilidade de mais essa ferramenta para realizar as sessões.  “Nós estamos fazendo um projeto de lei da Mesa Diretora incluindo no Regimento Interno a possibilidade de termos sessões híbridas, que deu certo no período de pandemia. Uma importante ferramenta para podermos trabalhar e deliberar as matérias no Poder Legislativo”, justificou.

O deputado Antônio Gomide (PT), diz ser favorável ao projeto. “Precisamos aproveitar esse momento que tivemos de pandemia e pudemos evoluir nas sessões remotas, mas o Legislativo tem um papel importante de receber a população em suas galerias. Se vai mudar o Regimento da Casa, deve-se pensar também em proporcionar que a população também esteja presente, respeitando os protocolos sanitários. Esse projeto é muito importante, mas que tenha lugar para a população”,  disse o petista.

O único em desfavor do projeto é o deputado estadual Delegado Humberto Teófilo (Sem partido). ” Tem deputados que fingem que estão na tela. Tem até Assessor que vota no lugar de deputados, não podemos aceitar isso. Nós deputados ganhamos bem, temos que vir trabalhar presencialmente”, afirmou  ele.
desabafou ele.
Com a palavra a  população que é de fato quem banca o salário dos parlamentares.