Goiás oficializou a adesão de Goiás ao Plano Nacional pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). “As pessoas precisam ter respeito às regras de trânsito, mas também merecem ruas e avenidas bem estruturadas para utilizar, e um atendimento de saúde de excelência, caso precisem. É por isso e para isso que trabalhamos,” declarou o governador Ronaldo Caiado ao receber o o secretário Nacional de Trânsito, Frederico Carneiro.
Frederico Carneiro afirmou que o projeto quer somar esforços das esferas governamentais e sociais para implementar políticas públicas eficazes. “A gente dá o pontapé nessas ações em Goiás”, enfatizou. O Pnatrans foi revisado em setembro e parte do princípio de que a responsabilidade por evitar mortes e feridos no trânsito é compartilhada entre quem utiliza, projeta, constrói e fiscaliza os veículos e as vias públicas.
Além do Detran-GO, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia, Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e Polícia Rodoviária Federal também assinaram o termo de adesão ao Pnatrans.
Os acidentes de trânsito são a terceira maior causa de mortes prematuras no País. Em Goiás, provocaram 1,5 mil óbitos no ano passado, quando foram registrados 78,3 mil sinistros. O Pnatrans surge com a meta de mudar essa realidade, a partir de estratégias transversais que estimulem a redução de aproximadamente 50% do número de óbitos e feridos até 2028. No Brasil, o plano tem potencial de preservar 86 mil vidas no período em que estiver em vigor.
O trabalho engloba ações desde infraestrutura até o socorro das vítimas, passando por educação, formação dos condutores e fiscalização. O presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), Marcos Roberto Silva, que participou da reunião, afirmou que “o Estado está na vanguarda, pois a autarquia já desenvolve programas contínuos voltados para a construção de um trânsito mais humano e seguro”.
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) é dividido em seis pilares e agrupa as ações em iniciativas que destacam as áreas de atuação prioritárias. O primeiro deles prevê a gestão integrada do sistema viário e o avanço do processo de tratamento de dados e consolidação do Registro Nacional de Estatística de Trânsito (Renaest).
O pilar “Vias Seguras” trata da adequação da classificação viária e dos limites de velocidade às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A segurança veicular é outro tópico que deve ser reforçado. O Pnatrans traz, ainda, parâmetros mais seguros e busca fazer com que os veículos e itens de segurança vendidos no Brasil estejam em conformidade com as melhores práticas mundiais.
A educação de trânsito e a fiscalização ganharam lugar de destaque no plano. Como a abordagem educativa tradicional tem resultados de médio e longo prazo, a proposta é estimular o engajamento da imprensa e promover campanhas de mídia para alcançar resultados em curto prazo. Já a fiscalização deve ser focada no combate às principais causas de acidentes, como o excesso de velocidade e o consumo de álcool e outros psicoativos.
Por fim, o socorro das vítimas de acidentes de trânsito deve ter atenção especial das esferas públicas. O tempo de atendimento é crítico para reduzir o risco de morte ou lesão grave. Por isso, o plano indica que a prestação de socorro deve ser coordenada entre as diferentes áreas de especialidade.
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