A 22a edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) será aberta nesta terça-feira (14/12), na cidade de Goiás. Promovido pelo Governo de Goiás, com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc), o evento continua por toda a semana até 19 de dezembro, com encerramento e show do músico Renato Teixeira. Foram investidos R$ 1,5 milhão pela gestão estadual e quase R$ 340 mil pelo Sesc Goiás.
Para desfrutar do Fica 2021 de forma presencial, o participante deve estar vacinado contra a Covid-19. Além disso, outras normas sanitárias, como o uso de máscara e distanciamento social, deverão ser seguidas. Neste ano, o formato será híbrido: as oficinas e mesas de debate serão realizadas de forma presencial, enquanto as mostras cinematográficas e algumas apresentações artísticas estarão disponíveis nas plataformas digitais.
O Fica 2021 terá quatro mostras competitivas: Washington Novaes, Cinema Goiano, Becos da Minha Terra, específica para produtores audiovisuais da cidade de Goiás, e Videoclipes. Ao todo, foram selecionadas 52 produções que vão ficar disponíveis on-line durante os seis dias de festival.
Além disso, as mostras Washignton Novaes e Becos da Minha Terra serão transmitidas no Cine Teatro São Joaquim a partir do dia 15 de dezembro.
Durante a semana de festival, serão realizados minicursos, mesas de debate, oficinas, laboratórios e palestras internacionais voltados para o segmento audiovisual e também ambiental.
Para desfrutar do Fica 2021 de forma presencial, o participante deve estar vacinado contra a Covid-19. Além disso, outras normas sanitárias, como o uso de máscara e distanciamento social, deverão ser seguidas.
Os vencedores da mostra Washigton Novaes receberão prêmios entre R$ 30 mil (melhor longa-metragem) e R$ 10 mil (melhor curta-metragem ou média-metragem). Já a Mostra de Cinema Goiano distribuirá prêmios no valor de R$ 6 mil e R$ 5 mil para os ganhadores.
As mostras Becos da Minha Terra e de Videoclipes também terão premiações em valores que variam de R$ 2 mil a R$ 4 mil.
A edição 2021 do Fica homenageará três personalidades que tiveram papel importante na criação do festival e no desenvolvimento cultural da cidade de Goiás: Brasilete Caiado, Jaime Sautchuk e Washington Novaes.
Brasilete, falecida em 2003, foi professora universitária, dedicou sua vida à cultura e à promoção da cidade de Goiás e trabalhou intensivamente pelo título de Goiás Patrimônio da Humanidade, conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2001.
Já o jornalista, escritor e ambientalista Jaime Sautchuk, que faleceu no ano passado, foi um dos idealizadores do Fica. Deixou um legado profissional admirável, que contempla vários livros, inúmeras reportagens Brasil afora e um prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos.
O terceiro e último a ser homenageado nesta edição é o jornalista Washington Novaes, que faleceu em 2020. Ele foi consultor ambiental do Fica desde sua primeira edição, em 1999, até 2008, e foi responsável por estabelecer a linha de abordagem em relação às questões ambientais, o que trouxe foco e diretrizes ao festival. No ano passado, Washington também foi condecorado no evento, que agora conta com uma mostra competitiva exclusiva de temática ambiental que leva seu nome.
As apresentações artísticas e culturais de artistas vilaboenses também fazem parte da programação do festival (de forma on-line e presencial).  O cantor Renato Teixeira realiza o show de encerramento, no domingo (19/12), às 19h, no mercado municipal.
A 22a do Fica vai prestar uma homenagem aos 20 anos da conquista, pela cidade de Goiás, do título de Patrimônio Histórico da Humanidade, alcançado por todo o conjunto arquitetônico, paisagístico e urbanístico do local.
Sede do evento desde a primeira edição, em 1999, a cidade histórica de Goiás possui uma admirável riqueza arquitetônica do período colonial, restaurado e conservado com o tempo.
A culinária típica da região inclui pratos tradicionais do Estado, como o arroz com pequi, o empadão goiano, licores, doces cristalizados e os tradicionais alfenins, doces feitos de polvilho e açúcar que unem artesanato e sabor.
Aliás, o artesanato também faz parte do município. Peças de cerâmica mantêm vivas as tradições artísticas herdadas dos antigos índios da região e escravos. Somam-se a estes símbolos as festas tradicionais, de caráter religioso e cultural, como é o caso do próprio Fica, que já é uma marca indivisível de Goiás.