O presidente do Imas, Jefferson Leite, disse hoje (28) à Sagres que o Imas tem uma receita mensal de R$ 13 milhões e uma despesa média de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões. Além disso, ele informou que os pagamentos dos prestadores de serviços não eram realizados por ordem cronológica e sim de maneira discricionária. A direção decidia qual prestador que recebia. Assim, Jefferson encontrou empresas sem receber desde o início do ano passado e prestadores com o mês de janeiro de 2022 quitado. “Havia pagamentos privilegiados”, disse.
Com a decisão de pagar por ordem cronológica, o Imas já conseguiu atualizar os pagamentos da maioria dos prestadores até o mês de setembro. “No momento, os únicos prestadores que não estão com pagamento regular são os bancos de sangue, que faremos o pagamento hoje. Então, de setembro para trás não terá nenhum sem receber. Conforme a cláusula contratual, nós temos 90 dias para fazer o pagamento, então temos outubro, novembro e dezembro em atraso. Não estou sentado em cima de dinheiro”, detalhou o presidente.
Outro problema, observou, é o número de prestadores. O Ipasgo com mais de 700 mil usuários tem 650 prestadores, mesmo número de contratados pelo Imas com apenas 81 mil usuários. Jefferson Leite, diz que é preciso reduzir o déficit mensal com a reorganização administrativa, entre elas o equilíbrio de despesas e análise do número de prestadores.
“Eu entendo que tenho vários prestadores essenciais, mas tenho que otimizar a arrecadação com gastos e não dá pra eu ficar com esse número dentro do Instituto que tem 81 mil vidas. O SUS deve ter cerca de 300 prestadores, enquanto o Imas tem 600 prestadores para 81 mil vidas. Eu preciso otimizar, isso vai gerar cortes e incômodo novamente”, declarou.
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