O Produto Interno Bruto de Goiás (PIB) no período da pandemia (2020/2022) deve crescer 4,5% na comparação com 2019, ano anterior ao da crise sanitária provocada pela Covid-19. A informação é da MB Associados e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo . Esse percentual vai colocar o Estado na terceira posição nacional, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (4,9%) e Tocantins (4,7%). No mesmo período, o PIB do país irá registrar crescimento de apenas 0,5%.
Segundo a MB Associados, o crescimento maior do PIB de Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins no período de pandemia se confirmará graças ao avanço dos preços das commodities atreladas ao agronegócio. No ano de 2019 o PIB goiano cresceu, oficialmente, 2,2%, somando R$ 208,6 bilhões, o que determina três anos consecutivos de resultados positivos após quedas em 2015 e 2016. “Graças à tecnologia e ao agricultor, Goiás bate recordes. É um estado de excelência com o resultado da nossa economia”, afirma o governador Ronaldo Caiado.
Também em 2019, a economia de Goiás representou 2,8% da nacional, ficando na nona posição no país. Todos os setores econômicos contribuíram para o avanço do PIB no ano que antecedeu a pandemia mundial. A agropecuária avançou 1,4%, a indústria, que vinha apresentando queda desde 2015, cresceu 2,9% em 2019, na comparação com 2018, e o setor de serviços cresceu 1,9%.
Ainda conforme a MB Associados, com a valorização das commodities na pandemia, as projeções foram puxadas para cima em estados cuja economia estão atreladas ao agronegócio. Relatório publicado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), do final de 2021, aponta que a valorização desses ativos ocorre em razão da recuperação das atividades econômicas globais à medida que os países avançam em seus esforços de vacinar as populações e, subsequentemente, removem as restrições de deslocamento.
Em relação ao PIB brasileiro, em 2020, primeiro ano da pandemia, houve uma forte queda de 3,9%, mas cresceu em 2021 (4,6%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A MB projeta estagnação desse resultado em 2022, com expectativa de variação nula, o que promoverá um leve avanço de 0,5% nos três anos de pandemia no Brasil frente a 2019.
No acumulado de 2020 a 2022, pelo menos 15 unidades da Federação (14 estados mais o Distrito Federal) devem apresentar variação superior à do PIB brasileiro, sempre de acordo com a MB Associados.
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