Mais uma força tarefa com a finalidade de diminuir os níveis de infestação do Aedes aegyp no Estado foi desencadeada na município de Piracanjuba, região Sul de Goiás. Ações semelhantes são realizadas desde o início de abril e já contemplaram os municípios de Valparaíso de Goiás e Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
O coordenador estadual de Dengue, Chikungunya e Zica da SES-GO, Murilo do Carmo, destaca que a força-tarefa é uma das estratégias mais efetivas para a prevenção. “Além de atuar de forma incisiva para a eliminação dos criadouros do mosquito, a ação procura conscientizar a população para a importância de fazer a limpeza rotineira de suas residências, retirando qualquer objeto ou utensílio que acumule água parada”, explica o coordenador.
A ação prossegue até a próxima quinta-feira (12/05). As visitas domiciliares e orientações aos moradores serão feitas por agentes de endemias e comunitários do município e por profissionais da Regional de Saúde Centro-Sul. Os representantes da SES-GO vão coordenar toda a ação. Já o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás vai monitorar o sobrevoo de drones para identificação dos criatórios do mosquito em locais de difícil acesso, atuar na logística das ações a serem desenvolvidas pelos agentes e fazer vistorias nos órgãos públicos.
No ano passado, do início de janeiro até 30 de abril, foram confirmados 22.329 casos de dengue em Goiás. Neste ano, no mesmo período, a SES-GO confirmou 66.753 casos da doença, o que corresponde a um aumento de 301,39%. As notificações também revelam que, neste ano, até o momento, ocorreram 25 mortes decorrentes de dengue. Outros 124 óbitos estão em investigação.
Neste ano, os registros da SES-GO revelam que houve avanço de 155% no número de casos de chikungunya no Estado, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2021, nas 18 primeiras semanas epidemiológicas, foram confirmados 548 casos da doença. Até o momento, foram registrados 1.824 casos em 52 municípios. Não foi registrado nenhum óbito relacionado à doença.
Embora tenha menos possibilidade de levar o paciente à morte, a chikungunya é considerada uma doença grave, tem um período mais prolongado de tratamento e de manifestação dos sintomas. A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, ressalta que a chikungunya faz com que as pessoas fiquem mais tempo doentes, o que causa pressão nos serviços e no sistema de saúde como um todo.
A zika, por sua vez, teve o auge em 2016, com a posterior redução da circulação viral e consequente diminuição no número de casos. Neste ano, foram identificadas duas gestantes com exames positivos, possibilitando o retorno de casos no Estado.
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