Desde que foi reaberto ao público em 31 de março, depois de dois anos fechado por conta da pandemia da Covid-19, o Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), administrado pela Agência Estadual de Turismo (Goiás Turismo) recebeu quase 2 mil visitantes. Além de goianos, passaram pelo local pessoas de vários Estados brasileiros, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Piauí, Ceará, Tocantins e Rio de Janeiro. E também público de países como Holanda, Jamaica e Inglaterra.
Neste período, os visitantes puderam conferir duas exposições: “Fayga Ostrower: Diálogos ativos” e “Conversas: resistência e convergência”. As mostras serão exibidas até o dia 29 de maio. Umas das exposições é do acervo doado pelo Instituto Fayga Ostrower em comemoração ao centenário de nascimento da artista plástica. Os 45 trabalhos estão expostos no mezanino do museu no Centro Cultural Oscar Niemeyer.
Já no andar térreo do MAC, está a mostra “Conversas: resistência e convergência”. Com curadoria de Paulo Henrique Silva, a exposição apresenta obras de 51 artistas contemporâneos do Planalto Central que pertencem ao Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Mapa).
Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower nasceu, na Polônia, em 1920. Chegou ao Brasil em 1933, fugindo do regime nazista. A artista premiada estudou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas e em Nova York, nos Estados Unidos. Lecionou em universidades brasileiras e internacionais. Fayga rompeu com o figurativismo e abraçou o abstracionismo.
Cinara Barbosa, curadora da mostra “Fayga Ostrower: diálogos ativos”, falou sobre o objetivo da exposição. “A proposta é apresentar um pouco tanto da produção gráfica da Fayga como criar uma sala de conversa, uma sala de estudos”. A museóloga Weridyanna Marques do MAC destacou a importância da mostra. “Disponibilizar essa coleção para o público possibilita democratizar e ampliar o acesso à arte de Fayga Ostrower, tornando-a acessível a um número maior de pessoas, especialmente para as novas gerações”.
A segunda mostra celebra a diversidade da arte contemporânea produzida no Planalto Central. A exposição apresenta obras de 51 artistas que moram e trabalham nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A ideia é apresentar a arte da Região Centro-Oeste como um dos eixos que compõem a produção brasileira.
“O imaginário do exótico e da potência da arte realizada fora do circuito Rio-São Paulo tem chamado a atenção para a arte contemporânea do Planalto Central, instigando novas investigações sobre uma produção expressiva em volume e qualidade que, até então, por muitas vezes, foi excluída de importantes mostras do cenário nacional”, definiu Paulo Henrique Silva.
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