Todos os 1.068 médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que aderiram à paralisação, segundo o levantamento oficial, voltarão ao trabalho nesta segunda-feira (23). A questão agora será correr contra o tempo para dar conta dessa demanda após 52 dias de greve.
O fim da paralisação foi acordado em reunião na última sexta-feira (20), que envolveu a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) e o Ministério do Trabalho e Previdência. Cerca de um terço dos mais de 3.000 mil médicos do INSS havia aderido à greve.
A fila que se forma no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para atendimento já passa de 1 milhão de pessoas. Mais precisamente: 1.094.210 trabalhadores em todo país esperam por atendimento. Os números fazem parte de um levantamento solicitado pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) ao Ministério do Trabalho e Previdência.
Nesse número total de perícias estão todos os tipos de benefícios que necessitam de avaliação para serem concedidos. Na lista, estão auxílio-acidente, auxílio por incapacidade temporária — antigo auxílio-doença —, e aposentadoria incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), pagos a quem tem alguma incapacidade para o trabalho.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), com a demanda represada, o tempo de espera para atendimento tem sido de 90 a 120 dias.
O órgão ainda apontou que, antes da greve, o número de pessoas na fila já era bastante elevado: cerca de 800 mil pessoas. Mas com a paralisação de parte da categoria, o número cresceu em mais de 200 mil pessoas.
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