Segundo o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás apresentou taxa de crescimento de 4,1% no primeiro trimestre de 2022, na comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo foi puxado, prioritariamente, pelos avanços conquistados nos setores de Serviços e da Indústria. A recuperação da economia goiana ocorre em ritmo superior à do País. No mesmo período, o PIB brasileiro registrou crescimento de 1,7%.
O setor de Serviços goiano cresceu 5,7%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, superando o crescimento nacional, que foi de 3,7%. A atividade turística, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, se destacou e acumulou crescimento, neste primeiro trimestre de 2022, de 23,8% em Goiás. Apesar de ter sido um segmento bastante afetado pela pandemia do Covid-19, o índice positivo mostra uma recuperação consistente desde abril do ano passado, estando próximo a retomar patamares do período anterior ao da crise sanitária mundial.
O desempenho do setor de Serviços também foi alavancado pelas atividades de informação, científicas, técnicas, administrativas e serviços complementares, além do transporte. O destaque do setor é o segmento de serviços prestados às famílias que acumulou no ano crescimento de 9%, reflexo do processo de recuperação econômica, após o impacto negativo deste setor que foi o mais prejudicado pela pandemia.
No primeiro trimestre de 2022, a indústria goiana cresceu 4,3%, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Enquanto isso, a indústria brasileira recuou 1,5%, no mesmo período. Os resultados positivos em Goiás vieram das atividades de serviços industriais de utilidade pública, da construção civil e da indústria extrativa.
O desempenho só não foi melhor devido aos resultados negativos da indústria da transformação, que possui peso significativo na economia, mas que tem enfrentado dificuldades na retomada do crescimento.
Devido ao aumento de custos observado na lavoura e na pecuária, o primeiro semestre da Agropecuária em Goiás apresentou recuou de 0,8%, índice inferior ao recuo observado no âmbito nacional, que foi de 8%.
Embora a elevação dos custos de produção tenha impactado negativamente o resultado do Valor Adicionado da Agropecuária, algumas atividades, como a produção de grãos, que tem estimativa recorde de 28,1 milhões de toneladas para a safra atual, contribuíram para que o recuo não fosse mais significativo. Houve incremento da produção agrícola em importantes culturas para o Estado como a de soja (6,5%), milho safrinha (6,5%) e café arábica (11,4%).
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