A natação brasileira tem a sua patrona: Maria Lenk, a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial. A homenagem, à única brasileira a integrar o hall da fama da natação na Flórida, foi feita por meio de ato do Poder Legislativo, que aprovou a Lei 14.418, sancionada e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
Nadando pelo Flamengo, Maria Lenk deu ao clube diversos títulos. Teve papel relevante para a popularização do nado borboleta no país, tendo sido a primeira mulher a competir nessa modalidade durante os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, na Alemanha.
Nascida em São Paulo, em 15 de janeiro de 1915, Maria Lenk participou de seus primeiros Jogos Olímpicos aos 17 anos, nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1932. Foi a única mulher entre os 82 atletas da delegação; e a primeira sul-americana a disputar uma competição olímpica.
m 1988, Maria Lenk se tornou a primeira atleta do Brasil a entrar Swimming Hall of Fame, da Federação Internacional de Natação (Fina), quando foi homenageada com o Top Ten da entidade máxima do esporte, sendo considerada uma das dez melhores nadadoras master do mundo.
Em 2002, ela recebeu, das mãos de Juan Antonio Samaranche, o Colar Olímpico. Com isso, tornou-se a primeira brasileira a ser condecorada com a mais alta honraria do Comitê Olímpico Internacional (COI).
“No dia 16 de abril de 2007, ela saiu de casa pela manhã, caminhou até o clube e mergulhou na piscina do Flamengo, sem saber que aquele seria o seu último treino. Enquanto nadava, sua artéria aorta se rompeu devido a um aneurisma, provocando uma enorme hemorragia no mediastino. No silêncio azul da água da piscina, Maria Lenk se despediu, nadando”, descreve o COB em relato sobre seu falecimento, aos 92 anos.
Com informações da Agência Brasil
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