A contagem de 160 casos confirmados da monkeypox (varíola dos macacos) registrados até esta segunda-feira (22/08) em Goiás, coloca o Estado na classificação de risco de nível 3, quando há transmissão comunitária da doença, situação definida como aquela em que não é mais possível rastrear a origem da infecção. A classificação de nível 3 é uma classificação técnica, que aumenta o alerta para profissionais de saúde e para a população em geral, sobre prevenção, manejo clínico, capacitação e sensibilização dos profissionais.
Para dar seguimento à vigilância em saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) publicou um Plano de Contingência que traz todas as definições técnicas, as formas de contágio e tratamento da doença, e ainda os fluxos de vigilância, das redes de atenção e exames laboratoriais. O documento, preparado por profissionais reunidos no Comitê de Operações de Emergências da Monkeypox (COE), foi disponibilizado a todos os municípios.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, todas essas medidas já vêm sendo tomadas. “As indicações técnicas reforçam as medidas que Goiás já estava adotando desde o começo dos registros da Monkeypox no Brasil, como manter uma Sala de Situação, agora ampliada no COE, as capacitações e definições de rede de atenção”, explica.
A SES definiu os hospitais de referência e tem capacitado sistematicamente os profissionais da área para identificar os casos e fazer o diagnóstico diferencial da monkeypox. Todos os informes sobre o registro de casos, legislações, notas técnicas e o Plano de Contingência podem ser acessados no link: www.saude.go.gov.br/monkeypox.
A doença tem baixa letalidade e registrou apenas um óbito no Brasil, de paciente imunossuprimido com histórico de quimioterapia. Goiás não tem nenhum óbito nem caso grave, mas a SES alerta para a necessidade de cuidado redobrado por parte de pessoas imunossuprimidas e gestantes. Apenas três casos são em mulheres, um caso em idoso e outro em criança. A maioria dos registros confirmados permanece sendo em homens.
A principal forma de proteção é o isolamento da pessoa infectada (especialmente na presença de lesões na pele ou mucosas, que podem ser confundidas com herpes, afta ou catapora) até que seja feito o exame laboratorial confirmando ou não a doença.
Deve-se evitar o contato com pessoa contaminada, especialmente os contatos mais íntimos, separando objetos de uso pessoal. Profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos pacientes e orientá-los quanto ao isolamento de 21 dias ou até que as lesões cicatrizem totalmente. O tratamento atual refere-se aos sintomas da varíola e na grande maioria dos casos não há necessidade de internação.
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