No debate promovido pela TV Anhanguera com os candidatos ao Governo de Goiás na noite de terça-feira (27/09), o governador e candidato à reeleição, Ronaldo Caiado (União Brasil), falou sobre sua gestão e as propostas para um possível segundo mandato. Caiado também relembrou sua atuação política como candidato a presidente da República e parlamentar por cinco mandatos, e cobrou de adversários que o atacavam que buscassem construir uma trajetória política ao invés de se esconderem atrás de outros candidatos – em especial o presidente Jair Bolsonaro, numa referência direta a Gustavo Mendanha (Patriota) e Vitor Hugo (PL).

“Tenho história de vida. As pessoas me respeitam e sabem quem eu sou”, disse Caiado ao criticar o posicionamento subserviente de seus adversários. “A marca que escrevo em todos os mandatos que percorri na minha vida é respeito ao dinheiro público”, frisou o governador.

Ao ser questionado sobre a disputa para a presidência da República, Caiado cobrou altivez política de concorrentes na disputa pelo governo de Goiás. “Parem de ficar se escondendo atrás dos outros. Deixem de ser garupeiros. Sejam candidatos. Apresentem para a população de Goiás o que vocês pensam”, cobrou. O debate também teve a participação dos candidatos Edigar Diniz (Novo); Cíntia Dias (Psol) e Wolmir Amado (PT).

Citado como um dos gargalos do Estado de Goiás, os candidatos também falaram sobre as dificuldades enfrentadas com a distribuição de energia elétrica. Ao receber críticas do candidato Wolmir Amado sobre a venda da Enel Distribuição Goiás, atual distribuidora de energia do Estado, para a Equatorial Energia (ocorrida no último dia 23/09), Caiado lembrou que é preciso ter conhecimento sobre a não interferência do Estado. “Depois que sucatearam e venderam a Celg, ela não é mais propriedade de Goiás. Quem delibera sobre quem vai ficar em Goiás é a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério de Minas e Energia”, explicou o governador ao petista. Caiado lembrou, no entanto, que pressionou politicamente para que a Enel vendesse sua operação, diante da incapacidade de realizar os investimentos necessários.