Em rodada de entrevistas à imprensa nesta segunda-feira (03/10), um dia depois de ser reeleito para o cargo, o governador Ronaldo Caiado declarou que seu segundo mandato terá foco no desenvolvimento social e que o objetivo é romper o ciclo da pobreza em Goiás.Na agenda de hoje, constaram também reuniões com o primeiro escalão para avaliar as ações desenvolvidas e estabelecer prioridades. “Agora é trabalhar mais, já comecei cedo hoje, trabalhando fortemente para as pessoas saberem que valeu a pena nos reconduzir ao governo”, disse.

Segundo o governador, uma vantagem para o segundo mandato é receber o governo de suas próprias mãos. Caiado relembrou que, em 2019, ao assumir a gestão estadual encontrou situação fiscal de extrema dificuldade, mas, agora, após 3 anos e 9 meses de gestão, a casa está arrumada. “Sei exatamente as condições fiscais do Estado e a condição de avançarmos muito mais em todas as áreas, seja na educação, na segurança pública, saúde e nos programas sociais”, explicou o governador.

Caiado também destacou que vai criar, imediatamente, uma comissão para elaboração de projetos de lei necessários à execução do plano de governo. As matérias serão enviadas à Assembleia Legislativa, cuja nova legislatura possui 27 dos 41 deputados eleitos ligados à base. “Vou inserir nessa comissão o vice-governador Daniel Vilela, para que a gente elabore projetos de leis a serem encaminhados”, destacou.

Sobre o secretariado para o novo mandato, Caiado afirmou que vai seguir com o padrão da competência. “Meu governo deu certo porque selecionei as melhores cabeças em cada área”. Para o chefe do Executivo estadual, o governante não pode transformar o governo em capitania hereditária, distribuindo cargos a aliados sem competência técnica.

Sobre a eleição do presidente da República, Caiado disse que vai respeitar a decisão a ser tomada pelo seu partido (União Brasil) se haverá apoio a algum dos candidatos no 2° turno. O governador falou também em respeito ao Poder Legislativo e aos deputados estaduais e federais eleitos.

Alguns desafios dessa atual gestão foram lembrados pelo governador durante as entrevistas. Como foi liderar uma ação enérgica para enfrentar as dificuldades com o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia e impedir o aumento da tarifa, que graças ao subsídio do Estado, que já ultrapassa R$ 90 milhões, o valor se mantém em R$ 4,30.

O governador falou também sobre o esforço para fiscalizar e cobrar da Enel que ela cumprisse o compromisso de melhorar a distribuição de energia elétrica em Goiás. E que foi graças a essa cobrança do governo estadual que a Enel se movimentou para deixar o serviço no Estado. Assim como os avanços no abastecimento de água conquistados junto à Saneago, que acabou com a escassez hídrica histórica em municípios como Anápolis.

O trabalho social do governo deve ser ligado, em outra ponta, aos investimentos em educação de qualidade. “Quando eu vejo uma criança com aquele óculos israelense, vejo que isso é governar. Esse aluno pode passar numa faculdade, pode estar em sala de aula e não precisar de ninguém ficar lendo para ele o que está no quadro negro”, afirmou em referência ao equipamento OrCam MY Eye, dispositivo de leitura entregue a mais de 150 estudantes com deficiência visual em Goiás.

Nos próximos quatro anos à frente do Executivo Estadual, Caiado pretende reduzir a evasão escolar, agravada pela pandemia de Covid-19. “Não adianta nada querer fazer uma política que seja emancipadora se você tem uma evasão escolar de quase 60% no Ensino Médio. O Bolsa Estudo foi o fator que inverteu essa ordem”, avaliou ao citar o programa estadual que repassa R$ 110 mensais aos estudantes como forma de incentivar a permanência em sala de aula. Hoje, a rede estadual possui 1.049 escolas e atende mais de 500 mil alunos.