O ano de 2022 foi marcado por acontecimentos que impactaram a economia brasileira, como, por exemplo, a guerra da Rússia contra a Ucrânia e as eleições presidenciais. Mesmo com o cenário turbulento, até o momento, o Brasil teve mais de 3,3 milhões de  empresas abertas neste ano, com saldo positivo de 1,9 milhão, segundo dados do painel Mapa de Empresas, levantamento do governo federal.

Ainda segundo o painel, em Goiás, o número de empresas abertas foi de 141.531, sendo 75% MEIs (microempreendedores individuais), que equivalem a mais de 107 mil CNPJs. Essa maioria de empreendedores no formato MEI deve se repetir no ano de 2023, da mesma forma que aconteceu nos últimos anos. Quem afirma é o especialista em economia colaborativa, gestão empresarial, em inovação, em empreendedorismo e em economia compartilhada, e sócio-fundador da plataforma de permutas XporY.com, Rafael Barbosa.

De acordo com Rafael, o ambiente principal de atuação dos novos empreendedores no ano de 2023 continuará sendo a internet. “Nos últimos anos, e impulsionado pela pandemia, a internet se tornou o melhor lugar para empreender. E para o ano que vem, não será diferente. A internet permanecerá em ascensão e será o ponto de atuação de muitos empreendedores, pois muitos hoje em dia estão visando a diminuição de custos, e nela não é necessário um grande investimento.”, prevê.

As vendas pela internet no Brasil tiveram o maior crescimento da américa latina no ano de 2022, segundo a pesquisadora Retail X. Foram movimentados cerca de US$ 49,2 bilhões em receita, deixando o Brasil com a maior parcela de tráfego da web para varejistas da América Latina, com 84%. Essa receita das vendas cresceu US$ 8,1 bilhões em 2022 em relação ao ano anterior ano.

Uma das ferramentas que serão essenciais para os empreendedores no ano de 2023 é a prática das permutas multilaterais; e este é exatamente o foco da XporY.com, plataforma de permutas oficial do Sebrae que oferece cadastro gratuito para todos os usuários. Criada em 2014 por Rafael Barbosa, ela tem o objetivo de mostrar outra alternativa para que profissionais e empresas gerem valor com seus serviços e produtos. Como, por exemplo, um hotel que tem leitos ociosos, através da plataforma, poderão alugar os quartos para novos clientes e o valor gerado por meio de permuta possibilita que a empresa possa reinvestir no negócio ou suprir demandas imediatas sem precisar fazer retiradas do caixa. Um hotel poderia usar seus créditos em moedas virtuais advindas das permutas para a manutenção do hotel, como a aquisição de itens de enxoval, papelaria, contratação de serviços jurídicos ou de RH, etc.

Com mais de 12 mil usuários em todo o país, a plataforma de troca de serviços/produtos funciona da seguinte maneira: o permutante anuncia ofertas na plataforma e a cada venda recebe pagamento do valor do produto em moeda digital, chamada X$, que tem valor equivalente ao Real (cada R$ 1,00 equivale a X$ 1,00). Com o crédito, ele fica livre para adquirir qualquer produto ou serviço ofertado por membros cadastrados de qualquer segmento e localidade. A única taxa paga pelos usuários em reais é o valor de 10% das compras realizadas.