O vice-governador Daniel Vilela participou, nesta segunda-feira (09/01), em Brasília, de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Reafirmamos o apoio à democracia brasileira e ao Estado Democrático de Direito em todas as manifestações. Os governadores, o presidente da República, a presidente do Supremo Tribunal Federal, e presidentes do Legislativo. Todos em um ato de desagravo dos Poderes, afrontados pelos atos de terrorismo e vandalismo que ocorreram no dia de ontem”, avaliou Daniel.
O encontro foi convocado pelo chefe do Poder Executivo Federal, após os ataques acontecidos no domingo. Daniel representou o governador Ronaldo Caiado, que guarda repouso relativo após intervenção cirúrgica realizada no mês de dezembro. “Não se trata de nada partidário ou ideológico. O governador sempre foi grande opositor do PT e do próprio presidente Lula, mas jamais deixou de reconhecer a lisura dos processos eleitorais”, comentou o vice-governador.
Daniel recapitulou as ordens de Caiado para coibir novas ações antidemocráticas. “Ontem mesmo, determinou a todas as Forças de Segurança do estado que estivessem atentas, de prontidão e trabalhando de forma compartilhada com as Forças de Segurança nacional, para coibir qualquer atitude por parte destes vândalos”, reforçou. Sobre a breve conversa que teve com Geraldo Alckmin, após a visita ao STF, relatou que o vice-presidente se colocou à disposição de Goiás e desejou plena recuperação ao governador Caiado.
*Defesa da democracia*
Ao encerrar a reunião, o presidente Lula saudou os governadores que “vieram prestar solidariedade ao país e à democracia”. Assegurou que vai investigar quem foram os responsáveis por financiar os atos e que não vai permitir que a democracia “escape das nossas mãos”. “Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, afirmou.
O presidente da República seguiu: “Foi muito difícil, para vocês e para mim, conquistar a democracia neste País. Foi muito difícil que tivéssemos uma Constituição que fosse uma carta cidadã respeitada por todos nós. Foi muito difícil conquistar o direito de manifestação neste País”, pontuou. “A gente quer continuar tendo direito de manifestação. A gente não precisa gostar um do outro; precisa apenas se respeitar. Aprender a conviver democraticamente na adversidade”.
Após a reunião, Lula mobilizou os participantes numa caminhada do Palácio Planalto à sede do STF, num ato de solidariedade à Suprema Corte, “duramente atacada”, nas palavras de sua presidente, ministra Rosa Weber. O interior do prédio histórico, em especial o plenário, foi um dos principais alvos dos vândalos. “Essa simbologia me entristeceu de uma maneira enorme, mas eu quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e que no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário”, assinalou a ministra.
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