Fatos ocorridos recentemente em Brasília nos proporciona várias reflexões. A grande verdade, apesar de não admitirem, mas seguimentos das elites brasileiras os quais especialmente através da escravidão de pessoas negras se enriqueceram e aprenderam ao longo dos séculos serem beneficiados utilizando a estrutura do estado brasileiro a seu favor.

Nos chama atenção como forças obscuras ainda seguem fortes desde o período colonial. Ficam bravos ferozes, somente em pensar a possibilidade de estarem juntos com pessoas pobres, nas mesmas poltronas de aviões dentro ou fora do Brasil. Não podemos negar, estes pobres são identificados na maioria das vezes pela cor de sua pele.

O racismo ainda é um fator determinante para a pobreza estrutural uma vez que a República Federativa do nosso país a herdou como herança do escravismo colonial.

Desigualdades sociais, econômicas e culturais, ainda estão com um discurso da sedução nas narrativas do neoliberalismo tal como a meritocracia que ainda é um pilar para as organizações empresariais a qual a ajuda quando implementadas como modelo de gestão. No entanto quando abordamos a questão social, percebemos que a grande maioria das pessoas para disputarem com mérito, as mesmas oportunidades desde de seu nascimento até a vida adulta, precisam do apoio da mão invisível do estado, como sempre
fez a favor da classe dominante brasileira.

A importância de inspirarmos em políticas públicas que garantam a população negra brasileira as mesmas reais oportunidades iguais, nos inspiram em acreditar na responsabilidade do governo em identificar os problemas sociais prioritários. O Pro Uni é um bom exemplo!

 

Políticas públicas redistributivas como foram no Estado do Bem Estar Social ainda é um modelo que adotado pelas mãos do Estado Democrático de Direito tendem a corrigir desigualdades históricas e por este motivo também as recentes manifestações anti democráticas são nutridas por seguimentos que na Goiânia, 14 de janeiro de 2023 maioria são contrários a este tipo de pensamento por que na sua origem se beneficiaram e beneficiam das desigualdades sociais no Brasil.

 

Meu artigo não tem a pretensão de se tornar uma extensa tese mas a produção de um documento voltado para contribuir na união das forças anti racistas de nosso pais em um momento crucial, que parte do nascimento de um novo governo o qual acreditamos Democrático Popular.

 

É fato que a extrema direita brasileira inspira seus seguidores a terem ódio, também é fato a crescente produção de fake News e a consequente desinformação e tudo isso se transformam em elementos que são verdadeiras avenidas abertas para o aprofundamento das desigualdades sociais. Valores com pautas que trazem retrocessos civilizatórios insustentáveis são a base de nossa união e oposição a um projeto de país que viola os direitos humanos, torna o racismo, sexismo, misoginia, homofobia, xenofobia e a militarização da
sociedade como projeto de poder da elite ainda escravagista.

Jose Eduardo da Silva
Bacharel em Serviço Social
Ex Secretário de Igualdade Racial da Cidade de Goiânia
Ex Assessor Especial de Direitos Humanos da Cidade de Goiânia