Goiás já registrou cinco casos de catapora em 2023. No ano passado foram 280 notificações, mas o grande problema é que o índice de imunização contra a doença está baixo, atualmente em pouco mais de 63%, quando a meta é de 95% de crianças vacinadas. Para a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, os dados de vacinação são preocupantes e serve de alerta para que os pais levem seus filhos para completarem o esquema vacinal.

“A gente sabe que esse número pode, infelizmente, ser maior em 2023, principalmente devido a baixa cobertura vacinal. Isso provavelmente a gente vai ver acontecer com outras doenças também, porque a cobertura vacinal está baixa para todas as vacinas”, pontuou. Ainda de acordo com Flúvia Amorim, a volta das viagens de fim de ano e o retorno às aulas tornam tudo mais preocupante, pois a sala de aula é um ambiente que aumenta o potencial de contágio.

“No caso da varicela, a catapora, a orientação é de que a criança que esteja doente só retorne às aulas depois que aquelas lesões sequem. A transmissão diminui, se torna praticamente zero e ela pode voltar ao convívio social. Então é sempre bom a criança que está doente ser bem orientada e conduzida pelo pediatra e o pai seguir corretamente essa orientação”, completou.

Em Goiânia são mais de 72 salas de imunização e a vacina contra a catapora pode ser encontrada em todas elas. O imunizante deve ser administrado aos 15 meses de vida e a criança deve tomar um reforço aos 4 anos. A vacina contra a doença só pode ser aplicada até os 6 anos de 11 meses.

Texto CBN Goiânia