A administração estadual de Goiás desenvolveu um moderno sistema de monitoramento que utiliza a inteligência artificial na fiscalização de possíveis casos de sonegação de impostos e concorrência desleal. Desde o último dia 11, a Central de Operações Estaduais (COE) realiza o cruzamento de dados recebidos de antenas de comunicação instaladas em todo o estado. O novo reforço foi apresentado em uma reunião com o governador Ronaldo Caiado na manhã desta quinta-feira (27/04), na Secretaria da Economia, em Goiânia.
Goiás desenvolve trabalho pioneiro no País ao adotar o cruzamento de dados de 100% das notas com as informações dos caminhões que circulam no estado. “Meu compromisso será sempre com a governabilidade e com a responsabilidade fiscal”, disse o governador. O crime de sonegação fiscal afeta diretamente o Estado, ao deixar de arrecadar recursos que seriam aplicados em setores como saúde, educação e segurança. Caiado asseverou que o governo estadual vai se amparar em tecnologia de ponta e na expertise de profissionais qualificados para fazer o monitoramento diário dos dados.
A central já opera desde novembro e adota o sistema de fiscalização seletiva inteligente, com o acompanhamento diário das emissões de notas fiscais eletrônicas por meio do monitoramento on-line. Agregar o sistema de inteligência artificial vai ajudar os auditores a identificar todos aqueles veículos que estejam de fato transportando carga com indícios de sonegação, Com o novo sistema, o serviço, que demorava até três meses, agora é realizado entre uma e duas semanas.
Foram instaladas pela Secretaria da Economia 72 antenas, das quais 31 já estão em pleno funcionamento. Elas possuem um equipamento que fotografa as placas dos veículos de carga e envia para avaliação fiscal no centro de tecnologia da Secretaria. A partir da leitura das placas, o sistema captura os dados atualizados sobre a documentação fiscal que foi emitida para o veículo fiscalizado, com tecnologia capaz de fazer o cruzamento de dados em tempo real. Em caso de dúvida, será feita a abordagem do contribuinte.
O novo modelo permite que o fiscal saiba quais veículos estão transportando produtos com ou sem nota, com o peso errado ou correto. A COE também vai subsidiar as unidades de fiscalização de mercadorias em trânsito, além de elaborar um relatório mensal para a Superintendência de Controle e Fiscalização. As prioridades da fiscalização pelo auditor fiscal serão os contribuintes com cadastro irregular e envolvimento em simulações, fraudes e irregularidades no transporte de mercadorias e na Nota Fiscal Eletrônica (NFe).
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