Popular no país desde a  virada do século XIX para o XX, o choro simboliza um Brasil que deixa de ser colônia e passa a criar as próprias raízes, e é um dos mais apreciados estilos musicais. Nesta sexta-feira, (09/06), a partir das 19h, na Antiga Estação Ferroviária, está programada mais uma rodada do estilo. Para abrir a noite, às 19h20, o cantor Enéias Aquila sobre ao palco com sua banda. Em seguida, às 20h30, a animação é por conta da Roda de Samba do Xandão.

Cantor tradicional de samba em Goiânia, Xandão ressalta a importância da realização de eventos como o Chorinho, que valorizam bandas locais com incentivo público.

“Chorinho já caiu no gosto do povo de Goiânia. E nós, músicos, só temos a agradecer e reconhecer o trabalho que a Secult tem feito ultimamente com a promoção de tantos eventos na cidade. A galera do samba agradece e marca presença”, afirma o músico.

A a história do Choro começa em 1808, ano em que a Família Real portuguesa chegou ao Brasil. Depois de ser promulgada capital do `Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves´, o Rio de Janeiro passou por uma reforma urbana e cultural, quando foram criados muitos cargos públicos.
Com a corte portuguesa vieram instrumentos de origem européia como o piano, clarinete, violão, saxofone, bandolim e cavaquinho e também músicas de dança de salão européias, como a valsa, quadrilha, mazurca, modinha, minueto, xote e, principalmente, a polca, que viraram moda nos bailes daquela época.
A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a abolição do tráfico de escravos no Brasil em 1850, podem ser considerados uma “receita” para o surgimento do Choro, já que possibilitou a emergência de uma nova classe social nos subúrbios do Rio de Janeiro, a classe média, composta por funcionários públicos, instrumentistas de bandas militares e pequenos comerciantes, geralmente de origem negra.

*com dados de pesquisas*