O governador Ronaldo Caiado pretende continuar a luta para que Goiás não seja penalizado com a Reforma Tributária aprovada na Câmara dos Deputados e que deverá ser discutido no Senado Federal. Ele confirmou a decisão ao receber representantes do Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE), no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. O grupo demonstrou preocupação com a perda de competitividade do setor privado goiano e manifestou apoio à liderança de Caiado na defesa do pacto federativo.
O chefe do Executivo estadual alertou que o texto foi aprovado às pressas pela Câmara dos Deputados, sem a devida discussão, e que será necessário aumentar a articulação no Senado para reduzir os danos à autonomia dos estados. “Tenho toda disposição de continuar essa luta com cada um de vocês. Podem ficar tranquilos que, da nossa parte, vamos continuar com a mesma determinação e garra”, afirmou o governador ao ressaltar que convidou os representantes para ouvir as demandas do setor.
Todas as entidades presentes reforçaram o apoio à posição de Caiado. Nesse sentido, o vice-governador Daniel Vilela lembrou que é necessário aumentar a voz dos empresários contrários ao texto da Reforma. “A força do empresariado é muito grande dentro do Congresso hoje, como talvez nunca tenha sido. Tem muito debate pela frente, precisamos de uma movimentação maior”, alertou Daniel.
Os representantes das entidades destacaram a necessidade de evitar a fuga das indústrias e o consequente prejuízo à qualidade de vida da população. O atual texto da Reforma Tributária prevê a concentração na União do controle sobre as políticas de incentivos fiscais, que é uma das principais prerrogativas dos governos estaduais para atrair indústrias.
“Queremos que os incentivos fiscais continuem, que os fundos continuem, que o pacto federativo continue. Se Goiás hoje tem o sétimo maior parque industrial do Brasil, é porque houve incentivos fiscais”, afirmou Zé Garrote, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial). “Imagina o Estado de Goiás sem o Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste, sem o Pró-Goiás e todas as opções criadas nos últimos anos para garantir competitividade com os outros estados”, alertou Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg).
Os representantes ressaltaram ainda que o atual texto beneficia os estados mais populosos e ricos, que oferecem maior vantagem às indústrias por terem maior mercado consumidor. “A Reforma acaba com a competição dos estados e concentra cada vez mais a riqueza do país. Nós temos orgulho da posição que o governador está defendendo. É uma posição que representa o empresário, a indústria e o Estado a longo prazo”, reiterou Flávio Rassi, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG).
Também participaram da reunião o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL), Valdir Ribeiro da Silva; presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL), Geovar Pereira; presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), Márcio Luis da Silva; o vice-presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Márcio Martins de Andrade; o vice-presidente administrativo da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Armando Rollemberg, e o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB – Goiás), Jubrair Caiado Júnior.
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