Com a sexta posição de Goiás no ranking nacional de produção de leite, o governo de Goiás destaca a importância do setor para economia goiana e o trabalho da gestão para incentivar seu crescimento contínuo. “Somos respeitados internacionalmente pela capacidade de produção e qualidade do produto. Que a tecnologia continue sendo instrumento de fortalecimento. Como médico e produtor rural, acredito que é na pesquisa, na ciência e no conhecimento que vamos disputar de igual para igual com o mundo”, destacou o governador Ronaldo Caiado, durante o 21º Interleite Brasil, evento que acontece no Centro de Convenções, em Goiânia.
O governador destacou a vocação empreendedora dos representantes, que têm absorvido todos os avanços tecnológicos para atender cada vez mais as exigências do mercado. Em contrapartida, o Estado cumpre sua parte no zelo com os impostos, que são revertidos em investimentos em áreas fundamentais, como infraestrutura e segurança pública. “A segurança rural de Goiás, modéstia à parte, é a melhor do país, copiada até por outros países. Hoje temos nossas propriedades georreferenciadas, com capacidade de inibir qualquer crime e deixar com que as pessoas vivam tranquilamente, trabalhando em paz”, afirmou.
Caiado aproveitou a presença de diversos players do segmento para conclamar o envolvimento no debate sobre a Reforma Tributária, uma vez que a aprovação do texto irá gerar grandes impactos. “É importante trazer também a visão do leite. Não só na produção, mas na área social. Temos grandes desafios pela frente para garantir qualidade de vida e cidadania para todos, inclusive para os que não vivem dentro da cidade”, ponderou. “Ele vive com todas as dificuldades que tem que enfrentar no dia a dia, dentro da sua propriedade rural. E essa é a parte que, como governador, eu tenho me dedicado enormemente”, acrescentou.
O InterLeite Brasil 2023 é o maior da cadeia produtiva do leite no país e tem como tema “A estratégia de negócios chegando à produção de leite”. O evento conta com uma feira de negócios e também diversas palestras que tratam de estratégias de negócios na produção leiteira, combinada com a questão ambiental e energética. “O Sindleite é um apoiador dessa disseminação de conhecimento. Quanto mais cabeças pensantes estiverem juntas, mais eficiência teremos, e sairemos mais rapidamente de qualquer crise ou da impossibilidade de criar movimentos novos”, pontuou o presidente do sindicato, Jair José Antônio Borges.
Serão realizados quatro painéis para debater o ambiente e as estratégias de negócios na produção primária, sustentabilidade (agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia) e rentabilidade das propriedades familiares. “Essa troca é enriquecedora, principalmente para nós goianos e produtores. Para que a gente possa sair daqui de um evento como esse e levar para dentro das nossas propriedades soluções discutidas”, frisou o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), Dirceu Borges.
Um destaque foram os números do censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que entre 2006 e 2017 a quantidade de pecuaristas de leite no país caiu 13%. Saiu de 1,350 milhão para 1,176 milhão. No entanto, a produção mais que dobrou entre 1990 e 2021. Passou de 14,48 bilhões de litros por ano para 35,30 bilhões, uma expansão de 143,7%. Demonstração clara de que investimentos em tecnologia e genética aumentaram a produtividade do rebanho, mesmo com menor número de pecuaristas.
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