O Povoado Quilombola do Moinho, em Alto Paraíso, no Nordeste goiano, é uma das quatro comunidades escolhidas para integrar o Projeto Experiências do Brasil Original e receber investimentos para desenvolvimento do turismo. Desenvolvido pelo Ministério do Turismo (MTur) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), o projeto tem como objetivo promover o turismo de base comunitária, valorizando as comunidades indígenas e quilombolas, ampliando e diversificando a oferta turística brasileira, por meio da formatação de experiências turísticas memoráveis e transformativas ofertadas nesses territórios.
O projeto Experiências do Brasil Original tem como referência experiências anteriores ligadas à Agricultura Familiar. Agora, a ideia é criar novos conhecimentos que transformem a visão do turista para valorização desses locais. Após treinamento e capacitação, uma etapa final deve dar apoio à divulgação e participação em feiras, por exemplo. Segundo Manoela Valduga, pesquisadora que participa do projeto, já existem modelos semelhantes, em outras regiões, voltados para o turismo nacional e internacional.
Segundo o MTur, a ação pretende transformar a vida das populações mais vulneráveis. O projeto permite que a comunidade local seja protagonista da experiência oferecida aos visitantes. Além do Povoado Quilombola do Moinho, em Alto Paraíso, a iniciativa vai beneficiar, também, a Comunidade Terra Quilombola África, localizada no Pará, em Moju; Comunidade Indígena Raposa I, em Roraima, no município de Normandia; e a Comunidade Indígena Borari, no Pará, no município de Santarém.
O Povoado Quilombola do Moinho fica a cerca de 12 quilômetros da cidade de Alto Paraíso, na região turística da Chapada dos Veadeiros, cercado por montanhas e rios de águas cristalinas. De origem quilombola, a região é conhecida pela sua rica biodiversidade, gastronomia com produção de alimentos orgânicos e pelas alternativas de cura que a comunidade apresenta, por meio de ervas medicinais e saberes da terra.
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