O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a atuação de uma onda de calor ao longo desta semana por todo o país. Na segunda-feira (18), foi emitido um aviso meteorológico especial de nível laranja (perigo) de onda de calor, válido até as 18h do dia 22/09.
Seguindo os protocolos internacionais, este aviso é emitido quando as temperaturas, neste caso, especialmente, as máximas, excedem em pelo menos 5°C a climatologia (média histórica) do período. Vale ressaltar que a intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno (número de dias consecutivos) e não aos desvios de temperatura absolutos em si.
Vale destacar que o aviso é reavaliado diariamente para possíveis ajustes, especialmente, na área de atuação do fenômeno. O panorama previsto pelos meteorologistas do Inmet aponta uma possível piora da situação a partir de sexta-feira (22). As temperaturas máximas devem passar dos 40°C em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo. Na capital paulista, são esperadas temperaturas máximas acima dos 35°C a partir de sexta-feira.
Associados à onda de calor, há previsão de baixos índices de umidade relativa do ar para a maior parte da área de abrangência do aviso.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é importante destacar que, nesse período de temperaturas altas, aumenta a probabilidade de incêndios na vegetação, principalmente, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, tendo em vista que essas regiões se encontram ainda no período mais seco do ano.
A onda de calor é promovida pelas condições de tempo predominantemente seco, com aumento da insolação, e favorecida pela subsidência atmosférica – quando a pressão atmosférica entre os níveis médios e a superfície aumenta, inibindo o desenvolvimento de nebulosidade, aumentando, também, a temperatura da massa de ar. A configuração de um bloqueio atmosférico relacionado a este padrão de subsidência com o escoamento dos ventos em níveis superiores da atmosfera garante a persistência da onda de calor.
Apesar da prevalência de tempo seco em algumas áreas, dentro da onda de calor, podem ocorrer chuvas intensas localizadas. Vale ressaltar que os índices de calor se tornam mais críticos sob condições de umidade elevada, pois o organismo humano tem mais dificuldade de regular sua temperatura em situação persistente de calor úmido.
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