Goiânia registrou o quarto caso de morcego positivo para a raiva neste ano. O animal da espécie Artibeus lituratus foi recolhido no Setor Parque Tremendão, Região Noroeste da capital. Há três meses, em abril, foi diagnosticado um morcego da espécie insetívora Nyctinomops aurispinosus, no Setor Negrão de Lima. No mesmo mês já havia sido diagnosticado para raiva um morcego da espécie frugívora Artibeus lituratus, e no mês de março outro morcego de hábito alimentar insetívoro (Nyctinomops laticautadus) no Setor Leste Universitário. No ano de 2022, foram registrados um caso de raiva em morcego frugívoro (Artibeus lituratus) na região Noroeste, e dois casos de raiva em felinos (regiões Norte e Noroeste).
Os casos colocam a capita em estado de alerta. “Há o risco de o homem ser contaminado por animais infectados. Os morcegos que vivem em Goiânia são frugívoros e insetívoros, ou seja, não se alimentam de sangue, mas podem morder uma pessoa, cães ou gatos, caso se sintam ameaçados”, diz o diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis, .
Murilo também chama a atenção para a importância da vacinação antirrábica. “Uma vez vacinados, cães e gatos ficam protegidos contra a raiva. Estamos em plena campanha de vacinação, é importante que esses animais sejam imunizados. Neste sábado (23/9), teremos vacinas em 105 postos das regiões Norte e Noroeste”, conclui.
O diretor também esclarece que cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados à Diretoria de Vigilância em Zoonoses. “Essa notificação é importante para que esses animais possam ser vacinados contra raiva e monitorados por 180 dias, conforme o recomendado pela Nota técnica nº 19/2012/MS”, diz.
Raiva – A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
Saiba como se cuidar:
– Em casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma unidade de Saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso
– Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual, por exemplo, pousado em local claro durante o dia, entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524- 3131 e 3524-3124, em horário comercial, e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.
– Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente, isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas
– Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos
– Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG)
– Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza, portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco, desde que não sejam manipulados
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