De autoria dos deputados Talíria Petrone (Psol-RJ) e Damião Feliciano (União-PB), a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 1º de novembro, a criação da  bancada negra que prevê entre outros avanços  a possiblidade de  participar da reunião de líderes da Casa com o presidente, que define a pauta de votações do Plenário, com direito a voz e voto. A bancada também terá direito a usar a palavra, por cinco minutos semanalmente, durante o período destinado às Comunicações de Liderança, para expressar a posição dos seus integrantes. A proposta vai à promulgação.

A bancada terá um coordenador – geral e três vice – coordenadores. Dos  513 deputados e deputadas, 31 se declaram pretos e 91 se declaram pardos, o que corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares. A  nova bancada é considerada  consequência da Emenda Constitucional 111, que adotou novas regras para incentivar a eleição de mulheres e negros para a Câmara.

Segundo o deputado Antonio Brito (PSD-BA), relator da proposta,  medida não representa nenhum custo adicional para a Câmara. “Não há criação de cargos, não há criação de salas, não há criação de nenhuma assessoria”, afirmou. Muito emocionada, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que a aprovação é um reconhecimento histórico. “Neste momento, me sinto recompensada. Agora tenho uma bancada, que vai dar continuidade a uma luta”, afirmou.