Apenas no segundo trimestre de 2023, Goiás registrou a produção de 519 milhões de litros de leite industrializado. Os números colocam o estado na sexta posição no ranking nacional, com 9,1% da produção. Para discutir o fortalecimento da cadeia, que vem enfrentando queda nos preços pagos ao produtor, o governador em exercício, Daniel Vilela, se reuniu com empresários e representantes classistas.
A intenção, segundo Daniel, é “ouvir as partes e construir soluções conjuntas para antecipar momentos de crise”. O diálogo aberto e franco é uma determinação do governador Ronaldo Caiado, explicou ao lembrar que o governo criou, em 2019, a Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás com objetivo de facilitar o relacionamento entre produtores e indústrias. Em setembro, o preço médio do litro pago ao produtor ficou em R$ 2,57 e está em queda desde junho.
Um dos participantes da reunião, o deputado estadual Amauri Ribeiro, parabenizou Daniel Vilela pela tentativa de “achar caminhos em prol do fortalecimento do setor”. Presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), José Garrote afirmou que é necessária preparação para enfrentar os ciclos do mercado, que nem sempre está favorável para o setor de laticínio. “O produtor de leite é eficiente, sabe combater os desafios. O que a gente precisa é criar políticas, em harmonia com o setor privado, que nos deixem preparados para as oportunidades e também para os momentos negativos”.
A cadeia leiteira é estratégica para economia goiana e conta com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Rural). De 2019 a 2023, foram aprovados R$ 73,7 milhões em recursos, beneficiando empreendimentos em 49 municípios goianos.
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