Com o objetivo de desmistificar os caminhos da Propriedade Intelectual, desenvolver programas de fomento voltados para pesquisa e afroempreendedorismo, além de promover a capacitação profissional e empreendedora em ciência, tecnologia e inovação, a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Goiás, promove uma roda de debate nesta sexta-feira, dia 24, às 17 horas no Hub Goiás localizado no setor Leste Universitário.
Um dos propositores da atividade, o Assistente Social e afroempreendedor, José Eduardo, cita um estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) onde o levantamento Empreendedorismo por Raça-cor (e sexo), mostra que empreendedores negros ganham menos, têm menos escolaridade, empresas menores, trabalham mais sozinhos (sem contratar funcionários) e contribuem menos com à Previdência. As empreendedoras negras especificamente foram as mais prejudicadas pela pandemia e as que mais demoraram a se recuperar.
“Segundo estudo do Sebrae, os negros (pretos e pardos) representam 52% dos empreendedores brasileiros, considerando como parte deste grupo trabalhadores por conta própria e empregadores. Mas, enquanto os empreendedores negros tinham renda média mensal de R$ 2.079 no segundo trimestre de 2022, os brancos ganhavam R$ 3.040. Ou seja: o rendimento de empreendedores negros é em média 32% inferior ao de empreendedores brancos. Considerando o gênero, as mulheres negras têm o mais baixo rendimento entre os empreendedores, de R$ 1.852, comparado a R$ 2.188 para homens negros, R$ 2.706 para mulheres brancas e R$ 3.231 para homens brancos, mostra o levantamento do Sebrae, pontua Jose Eduardo.
O assistente e afroempreededor explica que algumas das percepções de empreendedores e empreendedoras captadas pela pesquisa #CoisaDePreto: Um estudo sobre a real jornada de afroempreendedores brasileiros, conduzida pela Box1824 e Google, divulgada em outubro de 2022, mostrou que entre os que têm o negócio como única fonte de renda, quase 65% possuíam carteira assinada antes de abrir o empreendimento. A experiência negativa com o mundo de trabalho e a falta de oportunidades para ascender na profissão, ou seja, ocupar postos de liderança, foram fatores motivadores para a decisão de empreender.

Para inscrição acesse o link https://forms.gle/RthaK1x7SqFMqcMq9