Dois programas prometem aumentar a qualidade e o número de vagas de cursos técnicos na área de tecnologia em Goiás: o Jornada para o Futuro e o Pense Grande Tech. O primeiro oferece, de forma inédita, um curso técnico na área de tecnologia em conjunto com o ensino médio regular da rede pública estadual; o segundo cria um novo curso técnico de ciência de dados nas Escolas do Futuro de Goiás (EFGs). Juntas, as duas iniciativas vão atingir quase 3 mil alunos.
O Jornada para o Futuro é um programa piloto que vai permitir que alunos saiam do ensino básico já com um diploma técnico de Desenvolvimento Web e Cyber Security, o que favorece a entrada no mercado de tecnologia, área que oferece alguns dos melhores salários atualmente. O programa é feito em parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), responsável pelas EFGs, e de Educação (Seduc), responsável pelos Centros de Ensino em Período Integral (Cepis). Também são parceiros do programa os institutos Telles e Sonho Grande.
Ao todo, o piloto vai abranger as cinco unidades tech das EFGs em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso, além de 14 unidades dos Cepis localizados em 12 cidades diferentes. O projeto foi desenhado com o intuito de promover a qualificação e a formação profissional de jovens em vulnerabilidade econômica e social.
Com a nova grade curricular, os alunos das unidades onde o projeto piloto será implantado já sairão com o diploma de curso, ao concluírem o ensino médio. “Nós temos dois objetivos: aumentar a oferta do ensino técnico e torná-lo mais atrativo. Nós acreditamos no ensino técnico, que é algo muito forte em países mais desenvolvidos e queremos um futuro melhor para nossos estudantes, com tecnologia e educação básica de ponta”, afirma José Frederico Lyra Netto, titular da Secti.
Além dos alunos das cinco unidades tech das EFGs, o programa impacta os estudantes de ensino médio das 14 unidades-piloto dos Cepis. Porém, os alunos que já estão cursando o ensino médio nestas unidades em 2023, que vão para o 2º e 3º anos em 2024, também poderão optar por fazer módulos da formação técnica, tendo ao final os certificados de qualificação em Desenvolvedor Front-End e Desenvolvedor Back-End, para o caso dos alunos que estarão no 2º ano, e apenas o primeiro para os estudantes do 3º ano.
Esses estudantes de 2º e 3º anos poderão fazer, exclusivamente nas EFGs, os demais módulos depois de concluírem o ensino médio, e, assim, pegar o diploma do curso técnico, que é dividido em quatro etapas: além das já citadas, também Assistente de Cibersegurança e Assistente de Análise de Dados.
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