Publicado decreto que prorroga por mais 180 dias, a partir de 30 de janeiro, a situação de emergência zoossanitária em Goiás, de forma preventiva, para a mitigação do risco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1). A prorrogação deve permitir que o Estado, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), intensifique as medidas de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano. Até o momento, Goiás não registrou nenhum caso de Influenza Aviária, seja em aves silvestres, de subsistência (de quintal) ou em granjas comerciais.

Ainda em janeiro, a Agrodefesa havia captado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mais de R$ 2,2 milhões para serem utilizados em ações preventivas contra a Influenza Aviária em Goiás. Desde maio do ano passado, o país adotada medidas para que a doença não afete a cadeia da avicultura nacional, quando o Ministério decretou, por meio da Portaria nº 587/2023, estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional.

Com a prorrogação do decreto de emergência, o Estado mantém condições para a realização de processos simplificados e de maior agilidade para evitar a entrada da doença em Goiás. Com o recurso captado, por exemplo, poderá atuar em duas vertentes, sendo a primeira para ações preventivas, enquanto a segunda é reservada para caso o vírus adentre as fronteiras goianas, o que requer agilidade máxima na sua identificação e mitigação.

As orientações estão contidas na Instrução Normativa nº 10/2023 que também estabelece o prazo de 31 de janeiro para o registro ou o recadastramento de estabelecimento comercial avícola junto à Agência. Até esta data é preciso também realizar o preenchimento da declaração de biosseguridade em granjas avícolas e fazer a inserção do documento no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).

A influenza ou gripe aviária é uma doença causada por vírus, que pode ser transmitido pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais. Outra forma possível de transmissão do vírus é o contato das aves de criatórios com aves silvestres de vida livre (que migram inclusive de um continente para outro). É importante ressaltar que não há risco de transmissão da influenza pelo consumo de carne e ovos, já que esses produtos passam por tratamento térmico que inativa o vírus antes de serem consumidos.

De acordo com Painel para consulta de casos confirmados do vírus IAAP-H5N1, atualizado em tempo real pelo Mapa, até o dia 16 de janeiro de 2024 foram monitoradas mais de 2.500 suspeitas, das quais 151 se confirmaram como resultado laboratorial positivo para o vírus. Em nenhum dos casos, o vírus chegou até estabelecimentos comerciais (148 foram identificados em animais silvestres e 3 em aves de subsistência). Os registros positivos ocorreram nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.