No mês de conscientização sobre a hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) alerta para a importância do diagnóstico precoce e lembra que todo tratamento é feito nas unidades básicas de Saúde, sem a necessidade de isolamento do paciente, que deixa de transmitir a doença logo nas primeiras doses da medicação. A campanha Janeiro Roxo visa esclarecer a população sobre os sintomas, procedimentos e combate ao preconceito.

“Essa é uma doença que as pessoas conhecem pouco, alvo de muito preconceito ainda, mas que pode ser facilmente diagnosticada e tratada nas unidades básicas de Saúde”, explica o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara. “Se não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis”, alerta.

A hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, que afeta principalmente nervos periféricos e a pele, podendo causar manchas brancas ou avermelhadas com diminuição ou perda da sensação de calor, dor ou do tato, formigamento e diminuição da força e da mobilidade. As complicações da doença podem levar a incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e nos olhos.

Antes, o controle da doença era feito por meio do isolamento nas colônias, para evitar o contágio. Os doentes eram afastados dos seus familiares e da comunidade. Atualmente, o tratamento é feito por meio de comprimidos fornecidos gratuitamente nas unidades de Atenção Primária em Saúde (UBS) e a duração varia de acordo com a forma clínica da doença, podendo ser de seis a 12 meses.

Em 2023, foram diagnosticados 87 casos novos de hanseníase em Goiânia. A doença apresentou um leve aumento no município em comparação aos anos anteriores devido à pandemia. A desinformação e a dificuldade da população em reconhecer os sintomas contribuem para a persistência desses números, apesar dos esforços das equipes de saúde e da Vigilância Epidemiológica.